ATA DA OCTOGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
04-10-2007.
Aos quatro dias do mês de outubro do ano de dois mil
e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins
Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo
Santos e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Maria
Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro, Neuza Canabarro, Sebastião
Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador
Adeli Sell, a Indicação nº 140/07 (Processo nº 7651/07) e os Pedidos de
Providência nos 4316, 4317, 4319 a 4321/07; pelo Vereador Bernardino
Vendruscolo, o Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 018/06 (Processo nº 3710/06) e o Pedido de Providência nº 4318/07; pelo
Vereador Haroldo de Souza, o Projeto de Lei do Legislativo nº 197/07 (Processo
nº 6740/07); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei do Legislativo nº
214/07 (Processo nº 7105/07); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Pedido de Providência
nº 4315/07; pela Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Informação nº 170/07
(Processo nº 7667/07); pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos
4322 a 4336/07. Também, foi apregoado o Memorando nº 345/07, firmado pela
Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por
meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador Dr. Raul,
hoje, no 3º Fórum Qualidade de Vida e Saúde, às quatorze horas, na Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS –, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 122, 408, 613, 1074, 1088, 1100, 1113 e
1416/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Antonio Roberto
Vigne, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro São João, que solicitou
dos Senhores Vereadores apoio ao Projeto Corlac, elaborado pela entidade
presidida por Sua Senhoria, o qual prevê a transformação das antigas
instalações da Cooperativa Riograndense de Laticínios e Correlatos em um centro
comunitário. Nesse sentido, salientou que essa iniciativa proporcionaria, além
de uma nova opção de lazer para os moradores da região, a melhoria dos serviços
de segurança pública, pela instalação de posto policial nesse complexo. Em
continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores João Antonio
Dib, Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo e Márcio Bins Ely manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta
e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. Após,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento
verbal, formulado pelo Vereador João Carlos Nedel, solicitando alteração na
ordem dos trabalhos da presente Sessão, sendo iniciado o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso da Semana Nacional e
Municipal de Ciência e Tecnologia, nos termos do Requerimento nº 114/07
(Processo nº 6892/07), de autoria do Vereador João Carlos Nedel. Compuseram a
Mesa: a Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre; o Senhor Pedro Cezar Dutra Fonseca, Vice-Reitor da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul – UFRGS –; a Senhora Maria Helena Steffani, Diretora do
Planetário Professor José Baptista Pereira; o Senhor Eduardo Bica, Diretor do
Observatório Astronômico da UFRGS; o Senhor André Prytoluk, Diretor da Rádio da
UFRGS; o Senhor José Carlos Frantz, Diretor do Instituto de Geociências da
UFRGS; o Senhor Jorge Antônio Branco, Presidente do Conselho Municipal de Ciência
e Tecnologia – COMCET. Ainda, como extensão da Mesa, foram
registradas as presenças dos Senhores Cláudio Scherer, Vice-Presidente da
Associação dos Docentes da UFRGS; Zilmino Tartari, Diretor-Técnico da Companhia
de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre –
PROCEMPA –; Irajá Damiani Pinto e Eloy Julius Garcia, Professores Eméritos da
UFRGS, e das Senhoras Sara Viola Rodrigues, representando a Pró-Reitoria de
Extensão da UFRGS, e Marilene Schmarczek, representando a Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência – SBPC. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Carlos Nedel,
referindo-se a trecho do documento “Gadium et Spes”, editado no Concílio
Vaticano II, afirmou que a ciência se configura em importante instrumento de
busca do proposto pela doutrina social cristã: servir a humanidade. Nesse
sentido, destacou o papel desempenhado pela UFRGS no desenvolvimento científico
brasileiro, salientando os benefícios sociais advindos dos investimentos dessa
Universidade em prol da excelência científica. O Vereador Márcio Bins Ely
chamou a atenção para a necessidade de valorização do conhecimento acadêmico
para o crescimento do Brasil, enaltecendo, em especial, a busca de alternativas
de desenvolvimento sustentável e ambientalmente responsável. Além disso,
ressaltou o auxílio do surgimento de novas tecnologias para a criação de
políticas públicas, opinando que, a fim de diminuir custos e aumentar a qualidade,
a modernização dos serviços públicos deve ser priorizada. O Vereador Newton
Braga Rosa, registrando que, no mês de outubro próximo, se completarão quarenta
anos da atividade de Sua Excelência como docente da UFRGS, manifestou sua satisfação
por essa instituição ter protagonizado o processo de desenvolvimento científico
brasileiro e destacou que seu mandato é voltado à adoção da tecnologia como ferramenta
de melhoria dos serviços públicos. Ainda, salientou a contribuição de diversas
personalidades para que a UFRGS atingisse sua atual estatura. O Vereador Adeli
Sell parabenizou a Universidade Federal do Rio Grande do Sul pela contribuição
no desenvolvimento da ciência e tecnologia em Porto Alegre, mencionando que os
Centros Tecnológicos das Universidades têm um papel fundamental nesse sentido.
Ainda, opinou que a sustentabilidade econômica e social da Cidade deve
apoiar-se num conjunto de medidas que envolvem, além da ciência e tecnologia, o
fomento ao turismo e o aprimoramento da saúde pública. A seguir, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra ao Senhor Pedro Cezar Dutra Fonseca, que destacou
a importância do registro, pela Câmara Municipal de Porto Alegre, do transcurso
da Semana Nacional e Municipal de Ciência e Tecnologia. Às quinze horas e vinte
e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quinze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em
continuidade, o Senhor Presidente registrou o comparecimento, nos termos do
artigo 139-A do Regimento, do Senhor Humberto Kasper, Superintendente de
Desenvolvimento e Expansão da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre –
TRENSURB –, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que prestou esclarecimentos
acerca da mobilização existente no sentido de que seja adicionado no Plano
Plurianual do Governo Federal programa destinado à implantação de sistema de
metrô em Porto Alegre. Nesse contexto, convidou os Senhores Vereadores para
Audiência Pública da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, a ser
realizada em Florianópolis – SC –, no dia oito de outubro do corrente, e
solicitou o apoio desta Casa para que esse empreendimento seja concretizado.
Após, os Vereadores Márcio Bins Ely, Luiz Braz, João Antonio Dib e Guilherme
Barbosa e a Vereadora Maria Luiza manifestaram-se acerca do assunto tratado
pelo Senhor Humberto Kasper. Na oportunidade, o Vereador Guilherme Barbosa
formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando
fossem indicados Vereadores para representar este Legislativo na Audiência
Pública mencionada pelo Senhor Humberto Kasper. Às quinze horas e quarenta e
quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quinze horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de quórum.
Em prosseguimento, a Senhora Presidenta registrou as presenças, neste Plenário,
de alunos e das Professoras Melina Silva Galvão e Cristiane Schüller, da Escola
de Educação Infantil Arte Carinho, que comparecem à Câmara Municipal de Porto
Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo
Memorial desta Casa. Também, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora
Clênia Maranhão, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias de ontem
e hoje, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado, no dia de hoje, o
Suplente Wilton Araújo, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Educação, Cultura, Esporte e Juventude. Ainda, foram apregoados documentos
firmados pelo Vereador Professor Garcia, informando sua desfiliação, ontem, do
Partido Popular Socialista, e solicitando a inclusão de seu nome na Bancada do
Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Partido ao qual Sua Excelência se
filiou ontem. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Haroldo de Souza aludiu ao
cancelamento do contrato existente entre o Governo do Estado e a Fundação Pão
dos Pobres de Santo Antônio para a confecção de óculos de grau a pessoas
carentes, manifestando sua intenção de apresentar Emenda ao Orçamento
Municipal, com o intuito de que a Prefeitura de Porto Alegre se responsabilize
por esse convênio. Ainda, analisou a possibilidade de demolição de casas do
Bairro Petrópolis para a construção de edifícios e, finalizando, criticou a
atuação do líder revolucionário Che Guevara. A Vereadora Margarete Moraes
expressou sua admiração por Che Guevara, registrando que protocolará homenagem
nesta Casa a essa figura histórica. Também, discursou a respeito da troca de
Partido efetuada pelo Prefeito José Fogaça, afirmando que a política deve ser
fundamentada em idéias e visões de mundo bem definidas e que Sua Senhoria se
contradisse ao afirmar, após não ter sido reeleito para o Senado, que
abandonaria a vida pública e, recentemente, que não trocaria de Partido. O
Vereador Márcio Bins Ely teceu considerações acerca da Lei Municipal nº
9.992/06, que altera a Lei Municipal nº 8.192/92, referente ao tempo de espera
em filas de agências bancárias instaladas em Porto Alegre. Nesse sentido,
registrou que no corrente ano já foram autuados setenta e três estabelecimentos
por descumprimento dessa legislação, enfatizando a importância do
encaminhamento de denúncias pela comunidade, para que seja efetivamente
beneficiada a população. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Marcelo Danéris
convidou todos para evento programado para o dia nove deste mês, na Assembléia
Legislativa do Estado, para assinalar o transcurso dos quarenta anos da morte
de Ernesto Che Guevara. Ainda, comentou o ingresso do Prefeito José Fogaça no
PMDB, criticando a gestão desse político à frente do Governo Municipal e
afirmando que não vêm sendo cumpridas as promessas por ele formuladas quando da
campanha eleitoral de dois mil e quatro. O Vereador Márcio Bins Ely reportou-se
à matéria publicada hoje no jornal Zero Hora, intitulada “Jovens e álcool -
como desfazer essa parceria”, analisando prejuízos humanos e materiais
decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, em especial quanto ao crescimento
do número de acidentes de trânsito e dos índices de violência e criminalidade.
Da mesma forma, apoiou a apresentação, por esta Casa, de propostas que
restrinjam a divulgação e dificultem o acesso a essas bebidas. A seguir, o
Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na
ordem dos trabalhos da presente Sessão, tendo se manifestado a respeito o
Vereador Mario Fraga. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 173, 157/07, este discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib e Guilherme Barbosa, 161 e 201/07, discutidos pelo Vereador João
Carlos Nedel, e 183/07, discutido pelo Vereador Guilherme Barbosa, o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 198/06, discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib, Adeli Sell e João Carlos Nedel; em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/07, discutido pelos
Vereadores Guilherme Barbosa e João Carlos Nedel e pela Vereadora Margarete
Moraes, os Projetos de Lei do Legislativo nos 055, 150, 199, 196/07, este discutido pelo Vereador
João Carlos Nedel, e 200/07, discutido pela Vereadora Margarete Moraes; em 4ª
Sessão, o Projeto do Emenda à Lei Orgânica nº 004/07. Na oportunidade, foi apregoado o Requerimento de autoria do
Vereador Claudio Sebenelo, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando autorização
para representar externamente este Legislativo, no período de dois a quatro de
outubro do corrente, no 16º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, a
ser realizado do dia primeiro ao dia cinco de outubro do corrente, no Município
de Maceió – AL. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Márcio Bins Ely discorreu
sobre as funções exercidas pelo Conselho Tutelar de Porto Alegre, declarando
que o Governo Municipal vem se empenhando na busca da reestruturação e
fortalecimento dessa entidade. Também, avaliou as eleições para Conselheiros
Tutelares, ocorridas na Cidade no dia trinta e um de setembro do corrente,
saudando o resultado positivo alcançado nesse pleito por integrantes do Partido
Democrático Trabalhista. O Vereador Adeli Sell reportou-se criticamente aos mil
dias de governo do Prefeito José Fogaça, denunciando irregularidades nas
eleições para Conselheiros Tutelares e na aplicação de recursos federais
provenientes do ProJovem, destinados a Porto Alegre. Ainda, ressaltou a
participação da Bancada do Partido dos Trabalhadores neste Legislativo, para a
aprovação de Projetos de Lei em prol do desenvolvimento econômico e social do
Município. O Vereador João Antonio Dib manifestou-se sobre a falta de quórum
nesta Casa nas Sessões de ontem e do dia primeiro de outubro, quando deveriam
ser apreciados o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, alegando
que muitos Vereadores do PT se encontravam no Plenário e se abstiveram de
registrar suas presenças, impedindo que fosse iniciada a Ordem do Dia. Sobre o
assunto, discorreu acerca da importância da tramitação e do cumprimento dos
prazos legais desses Projetos. Na ocasião, o Vereador Mario Fraga manifestou-se
acerca da falta de quórum, na Sessão Ordinária de ontem, para ingresso na Ordem
do Dia, tendo a tendo a Senhora Presidenta prestado esclarecimentos sobre o
assunto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz teceu considerações a
respeito da falta de quórum para o ingresso na Ordem do Dia da Sessão de ontem
desta Casa, defendendo que esse período da Sessão deveria ter sido iniciado e
que o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias são, principalmente,
Projetos de interesse da Cidade. Ainda, analisou o endividamento atual do
Estado, sustentando que a falta de recursos para investimentos públicos vem de
gestões anteriores à da Governadora Yeda Crusius. O Vereador Professor
Garcia manifestou-se quanto ao ingresso de Sua Excelência no PMDB, lendo
trechos do discurso efetuado quando da assinatura de filiação junto a esse
Partido, onde se ressalta o significado da abertura à mudança no processo de
aprendizagem pessoal e social do indivíduo. Além disso, asseverou que manterá
seus ideais socialistas, dando continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo
em prol da construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal,
formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Em Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 017/07, com a Mensagem Retificativa e
as Emendas apostas de nos 04, 06 e 07, as quais receberam Parecer
pela aprovação da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, por
vinte e um votos SIM e sete votos NÃO, após ter sido encaminhado à votação
pelos Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e
Wilton Araújo e Não os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Margarete Moraes e Mauro Pinheiro.
Após, em face
de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores João Antonio
Dib, Adeli Sell e Luiz Braz, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos
acerca do Parecer aposto pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do
MERCOSUL, ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07, bem como quanto ao processo
de votação da Mensagem Retificativa e das Emendas apostas a esse Projeto. Às dezessete horas e
quarenta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às dezessete horas e cinqüenta e seis minutos, constatada a existência de quórum. Em
prosseguimento, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca do processo
de votação das Emendas nos 01, 02, 03 e 05, apostas ao Projeto de
Lei do Executivo nº 017/07. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 017/07, por dezenove votos SIM e nove votos NÃO, após ser
encaminhada à votação pelos Vereadores Marcelo Danéris, Sebastião Melo, Dr. Goulart,
Carlos Comassetto e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Marcelo Danéris, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Mauro Pinheiro e Nilo Santos e Não os Vereadores Haroldo
de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Newton Braga Rosa, Professor Garcia, Sebastião Melo e Valdir Caetano. Na
oportunidade, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca do resultado da
votação da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07.
Também, os Vereadores Sebastião Melo e João Antonio Dib manifestaram-se acerca
da regimentalidade da votação das Emendas nos 02, 03 e 05, apostas
ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07, tendo a Senhora Presidenta prestado
esclarecimentos sobre o assunto. Às dezoito horas e vinte e seis minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e
trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Após, os Vereadores Elói
Guimarães, Luiz Braz, João Antonio Dib e Adeli Sell manifestaram-se acerca do
teor do Projeto de Lei do Executivo nº 017/07 e da regimentalidade da votação
das Emendas nos 02, 03 e 05, apostas a essa proposição. Foi aprovada
a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07, por dezessete
votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria
Celeste, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Luiza, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Newton Braga Rosa e Nilo Santos e Não
os Vereadores João Antonio Dib e João Carlos Nedel. A seguir, o Vereador Luiz
Braz apresentou, verbalmente, o Recurso previsto no artigo 99 do Regimento,
contra decisão tomada pela Senhora Presidenta, de viabilizar a votação das
Emendas nos 02, 03 e 05, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº
017/07, tendo a Senhora Presidenta determinado que o referido Recurso fosse
formalizado por escrito e tendo o Vereador Sebastião Melo manifestado sua
intenção de subscrever o Recurso apresentado pelo Vereador Luiz Braz. Em
continuidade, foi aprovada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 017/07. Foi votada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº
017/07, a qual obteve treze votos SIM, três votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Dr. Goulart, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mauro Pinheiro e Nilo Santos, Não os Vereadores
João Antonio Dib, Mario Fraga e Newton Braga Rosa e tendo optado pela Abstenção
o Vereador Ervino Besson, votação esta declarada nula pelo Senhor Presidente,
em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezoito horas e quarenta e
nove minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e pelos Vereadores João
Carlos Nedel e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único,
do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos
Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela
Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
à
O
Sr. Antonio Roberto Vigne, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro São
João, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de
assunto relativo ao Projeto Corlac. Seja muito bem-vindo à Casa.
O
SR. ANTONIO ROBERTO VIGNE: Boa-tarde,
Excelentíssimos Vereadores de Porto Alegre, público presente, Srª Presidenta e
imprensa. Estamos aqui, ao final do nosso segundo mandato consecutivo da
Associação dos Moradores do Bairro São João, com a finalidade de cobrar
posturas e discursos desta e de outras Casas e Poderes Públicos, assim como
alardear descasos e desconsiderações de pertinência ao voluntariado que exerce
a função de líderes comunitários em nossa sociedade.
Devo
lembrá-los de que já ocupei esta Tribuna em meu primeiro mandato, na Sessão
Ordinária de 15 de agosto de 2005, para aqueles que desejarem lembrar ou
verificar minhas palavras. Nesse feito, apresentei o Projeto Corlac, que quer
transformar a antiga fábrica de lacticínios em um centro de lazer e ação social
da Zona Norte de Porto Alegre. É nossa intenção utilizar a área para unir
Governo Federal, Estadual, Municipal e comunidade civil organizada, trabalhar
através de Parcerias Público-Privadas, as chamadas PPPs, para criação de um
espaço para a comunidade local e arredores que comporte esporte, lazer,
serviços públicos e privados, serviço social, segurança e saúde.
De
fato, como comentei no trabalho anterior, somos o centro geográfico da Zona
Norte de Porto Alegre e, com a inserção do nosso centro, poderemos impedir
fugas de assaltos com o fechamento do viaduto entre a Av. Dom Pedro II e a Av.
Benjamin Constant, em seus dois sentidos, assim como poderemos, conforme
estamos buscando provar... Há declarações do Major Rougê, do Corpo de Bombeiros
da nossa região, de 2005, no sentido de que o Aeroporto Salgado Filho está
desguarnecido, em caso de necessidade logística, de um reforço de segurança de
sinistro. Ora, a Corlac era uma empresa de lacticínios e, como tal, em seu
subsolo tinha um encanamento de ligação direta com o DMAE e o bairro
Higienópolis, situação essa de que nenhum outro prédio da região dispõe, a
empresa usava esse recurso para a higienização diária de seus tonéis de leite.
Tal dispositivo pode ser reaberto, e, com a condição geográfica da área física,
em frente à Sogipa, ao lado da 3ª Perimetral, segundo o próprio Major Rougê, em
vez de levar de 30 a 40 minutos para os atendimentos em horário de pico, nós
teríamos no máximo cinco minutos para os atendimentos da região. Isso pode no
futuro salvar vidas e evitar situações semelhantes às do Aeroporto de Congonhas
em São Paulo!
Lembro-lhes
de que fui homenageado por esta Casa com o Título de Líder Comunitário em 18 de
outubro de 2005, devido o meu pleito nesse sentido, mas o que vim buscar aqui
não é glória pessoal, e sim o desenvolvimento pluripartidário do Projeto, com o
envolvimento direto dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Nós
obtivemos no dia 28 de setembro de 2005 uma reunião conjunta da Câmara e
Assembléia Legislativa em nossa região somente para tratarmos desse assunto,
isso ocorreu no Salão de Eventos da Paróquia Martin Luther King, bairro
Higienópolis, com a presença de diversos órgãos públicos e dezenas de
lideranças comunitárias. Na verdade temos o apoio qualitativo de toda a região
e de fato, no período, fomos ovacionados em nossa intenção por ambas as Casas
Legislativas, sendo deliberado que seríamos recebidos pelo Sr. Prefeito de
Porto Alegre a fim de que pudéssemos posteriormente ser recebidos pelo então
Governador Germano Rigotto.
Qual
foi a nossa surpresa que até hoje o Prefeito José Fogaça não encontrou tempo em
sua agenda atribulada para receber a Comissão Especial Mista e Permanente de Participação
Legislativa Popular da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em
seu gabinete e tratar desse tema. Talvez tenha projetos mais relevantes que o
nosso, o que poderia explicar, mas não justifica o descaso com os Poderes
Públicos e com a iniciativa privada organizada que debateram esse tema! Mesmo
ele sendo o Prefeito da Capital gaúcha, entendo que deveria encontrar uma
brecha para ouvir o que temos a propor nesse sentido, pois seria de bom-tom e
educação acatar uma solicitação de audiência da Assembléia Legislativa do
Estado, algo que infelizmente não ocorreu.
Esse
e muitos outros documentos de que dispomos, de igual ou superior relevância,
comprovam que buscamos fazer nossa parte, a parte da sociedade civil
organizada, a parte de uma entidade com CNPJ, uma Associação Comunitária! Eu
mesmo, como cidadão, mais do que ninguém defendo os políticos, pois sou bacharel
em Ciências Políticas da 1ª turma nacional, por isso mesmo sempre acreditei na
lei, no sistema, na ordem organizada da sociedade democrática. Mas o sistema
falhou! Estou aqui para informar aos senhores e às senhoras neste ato que a
nossa solicitação de 2005, de transformação da área da Corlac em uma Área
Especial de Interesse Público, nunca foi sequer votada ou aprovada nesta Casa;
que a deliberação da Assembléia Legislativa com a Câmara de Vereadores em uma
reunião extraordinária na nossa região de nada valeu para o nosso Prefeito até
hoje, pois ele não nos deseja receber, por mais que venhamos comentar isso nas
Comissões desta Casa, como atualmente acontece na Comissão de Saúde e Meio
Ambiente.
Eu faço parte do grupo de trabalho que reivindica a
área da Corlac como uma forma de indenizar, de compensar a nossa comunidade
pela reforma do Aeroporto Salgado Filho, pela retirada da 4ª DP do nosso
Bairro, pela construção da 3ª Perimetral, pela perda do Hospital Lazarotto e
por tantos outros danos à nossa região. E perdemos recentemente o nosso
terreno, pois a Prefeitura nos solicitou de volta, justo quando obtivemos um
apoio financeiro para construção da área, chegamos a lutar para qualificar o
terreno, mas ele nos foi tirado sob a promessa de obtermos uma outra área
próxima, que até hoje não veio. Tivemos boa-fé e boa vontade, mas fomos
ludibriados pela Prefeitura e pelos técnicos.
Ora, além de rádio, jornal e espaço para canal
comunitário, nossa intenção era também implantar uma sede na entidade da área
física da Corlac. Lamento que o fim de nosso segundo mandato nada tenha a
oferecer à minha comunidade, pois a tendência, cada vez maior, é de depreciação
das associações comunitárias; entidades legais, legítimas, mas que perderam força
social e política, assim como o respeito de nossos líderes representativos. Não
tenho, infelizmente, esperança de ver o Projeto Corlac de pé, pois em dois anos
nada avançamos não por culpa nossa, mas por falta de interesse político
simplesmente. Lamentamos profundamente não termos um político sequer que tenha
defendido nossa causa. Obrigado pelo espaço!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Convidamos o
Sr. Antonio Roberto Vigne, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro São
João, a fazer parte da Mesa.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; meu caro Antonio Roberto Vigne, Presidente da
Associação dos Moradores do Bairro São João; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, sempre afirmo e volto a dizer: o homem público deve ter
sensibilidade e capacidade de resposta. Portanto lastimo profundamente que não
tenham sido recebidos, até para dizer que não dava para fazer o que estava
sendo solicitado, isso cabe ao homem público sempre providenciar. Há alguns
anos, fiz aqui um Pedido de Providências para que fosse usada aquela área como
compensação pelas árvores cortadas em razão da 3ª Perimetral. Também não obtive
resposta.
Quero dizer ao nobre Presidente que, qualquer que
seja a solução que venha a ser conseguida pela Associação, terá os 36 votos,
sem dúvida nenhuma, da Câmara Municipal. Claro que não depende de nós, a não
ser do nosso apoio e do nosso desejo de ser transformada em praça, mas é uma
área do Estado e inclusive está sendo anunciada a venda. De qualquer forma,
podem contar com os 36 Vereadores. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Cara
Presidenta, caro Vigne, só quero lembrar que, em 2005, o senhor esteve aqui na
Câmara e fizemos um encaminhamento da sua demanda não apenas à Prefeitura, mas
ao Governo do Estado. Acho que o senhor tem que ser mais enfático e, com a
mesma ênfase, cobrar do Governo do Estado, porque só podemos tomar uma atitude
acerca desse espaço quando houver uma decisão do Governo do Estado sobre seu
destino, a partir disso podemos fazer os devidos gravames. Então, se o senhor
quiser que mandemos as notas taquigráficas - faço questão, se o senhor
concordar - para a Srª Governadora e para o Sr. Secretário de Governo, a gente
manda, porque o senhor está batendo na porta errada em termos de solução; nós
podemos aqui pressionar sobre a sua demanda, mas quem tem que decidir é o
Governo do Estado. Se o Governo do Estado não dá uma solução... De fato é um
escândalo, porque é uma área nobre de Porto Alegre, e o Governo está com o seu
caixa raspado, ela poderia ser transformada em uma grande parceria com todo o
Bairro, e tenho a certeza de que o Governo não gastaria um centavo, a própria
comunidade revitalizaria o local. Então, se o senhor quiser apoio, tem o meu
apoio, assim como tem o do Ver. João Dib, para mandar suas notas taquigráficas
para a Srª Governadora do Estado, que tem que resolver o problema.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Prezado
Antonio Roberto Vigne, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro São
João: o Ver. Dr. Raul pediu para fazer o registro da sua ausência aqui por
estar representando a Casa. Eu vou falar em nome da Bancada do PMDB, composta
pelos Vereadores Sebastião Melo, Haroldo de Souza, Dr. Raul e agora também pelo
Ver. Professor Garcia. Eu também me somo àquilo que foi dito aqui, vou pedir as
notas taquigráficas e manda-las ao Prefeito. E, se ele não tem condições de
atendê-lo, que diga por quê.
Só vou fazer um registro: o senhor esqueceu de
mencionar os Governadores anteriores, os Prefeitos anteriores, porque a
situação da Corlac não é de agora, é de muito tempo. Então vamos deixar de
focar só um. Vamos dizer, vamos lembrar que é de muito tempo. E eu me somo -
como disseram os demais Vereadores - a essa luta. Mas vamos deixar bem claro
que não é um assunto que surgiu agora.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Srª
Presidenta, quero saudar o Sr. Antonio Vigne, Presidente da Associação dos
Moradores do Bairro São João, de maneira muito fraterna, em nome da Bancada do
PDT, composta nesta Casa pelos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro,
Ervino Besson, Mario Fraga e por este Vereador. Também registro aqui a nossa
preocupação, a preocupação da Bancada com aquela área, que é uma área nobre da
Cidade. Nós entendemos que esse movimento dos moradores é importante, é um
movimento que está agregado a uma causa que tanto assola a nossa comunidade,
que é a questão da segurança.
O Sr. Presidente Vigne já esteve por diversas vezes
aqui na Casa, inclusive esteve conversando com este Vereador a respeito das
Áreas Integradas de Segurança Pública. Essa é uma luta que diz respeito a uma
deliberação do Governo do Estado - nós sabemos que a área é do Governo do
Estado -, mas estaremos acompanhando atentamente a situação. Queremos
cumprimentar o Presidente Vigne por enfrentar, de maneira tão corajosa, esse
tema e por vir à Tribuna Popular da Casa solicitar o apoio aos Vereadores da
Capital. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria
Celeste): Encerramos o período da Tribuna Popular, agradecendo a presença do Sr.
Antonio Vigne, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro São João.
Suspendemos os trabalhos da presente Sessão para as despedidas. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h39min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 14h40min): Estão reabertos
os trabalhos.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Srª
Presidenta, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, conforme acordo junto
aos Vereadores que falarão no Grande Expediente, para que possamos homenagear,
no período de Comunicações, a Semana de Ciência e Tecnologia
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, solicitando a inversão da
ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje
este período é destinado a assinalar a Semana Nacional e Municipal de Ciência e
Tecnologia, nos termos do Requerimento nº 114/07, de autoria do Ver. João
Carlos Nedel, Processo nº 6892/07.
Convidamos
para compor a Mesa o Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca, Vice-Reitor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no exercício da Reitoria; Professora
Drª Maria Helena Steffani, Diretora do Planetário Professor José Baptista
Pereira da UFRGS; Professor Dr. Eduardo Bica, Diretor do Observatório
Astronômico da UFRGS; Professor Dr. André Prytoluk, Diretor da
Rádio da UFRGS; Professor Dr. José Carlos Frantz, Diretor do Instituto de
Geociências da UFRGS; Sr. Jorge Antônio Branco, Presidente do Conselho
Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre; Professor Cláudio Scherer,
Vice-Presidente da Associação de Docentes da UFRGS; Professora Sara Viola
Rodrigues, Representante da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS; Srª Marilene
Schmarczek, Representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e
Secretária Adjunta; Sr. Zilmino Tartari, Representante da PROCEMPA,
Diretor-Técnico; Sr. Irajá Damiani Pinto e Sr. Eloy Julios Garcia, Professores
Eméritos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; professores,
professoras, alunos, alunas, técnicos, técnicas, funcionários e funcionárias da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, todos se sintam muito bem-vindos à
Casa.
O
Ver. João Carlos Nedel, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidenta
e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O objetivo principal da ciência é buscar
conhecer o mundo e as leis que o regem e, por esse conhecimento, transformar a
realidade em benefício do homem. Sua importância para a vida plena dos homens
pode ser avaliada pelo fato de que a Doutrina Social Cristã, que tem uma
importante dimensão interdisciplinar, reconhece que a ciência é portadora de
uma importante e indiscutível parte da verdade. A
Gaudium et Spes, do Concílio do Vaticano II, afirma (Lê.): “Se a pesquisa
metódica em todas as ciências proceder de maneira verdadeiramente científica e
segundo as leis morais, nunca será oposta à fé: tanto as realidades profanas
quanto as da fé originam-se do mesmo Deus. Mais ainda: aquele que tenta
perscrutar com humildade e perseverança os segredos das coisas, ainda que disto
não tome consciência, é como que conduzido pela mão de Deus...” (GS, 36)
E é exatamente essa
abertura atenta e constante da Doutrina Social Cristã que lhe dá competência,
concretude e atualidade. Em contrapartida, desse diálogo resulta a necessidade
de a ciência buscar as perspectivas de significado, de valor e de empenhamento
que a Doutrina Social Cristã desvela e, assim, abrir-se numa dimensão mais ampla
a serviço da pessoa humana. O comportamento da ciência não tem sido outro e,
graças a isso, tem sido a grande responsável pelo
desenvolvimento social, político, econômico e tecnológico das nações.
Pois
bem, tive a honra de propor, com o apoio direto do Ver. Newton Braga Rosa, meu
colega de Bancada no Partido Progressista, que a Câmara dedicasse este período
de Comunicações para que fossem homenageadas a 2ª Semana
Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre e a Semana Nacional de
Tecnologia em comemoração aos 100 anos do Observatório Astronômico, aos 35 anos
do Planetário, aos 50 anos da Rádio da Universidade e aos 50 anos do Curso de
Geologia, todos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entidades que são
referência nacional em produção científica.
Penso que não
poderíamos fazer melhor homenagem à ciência e à tecnologia em Porto Alegre do
que distinguindo estas instituições já longevas, criadas segundo uma
perspectiva própria da época, com finalidades adequadas à época de sua criação,
e que, no perlongar do tempo, tiveram seu desenvolvimento próprio, ajustado-se
às novas realidades e necessidades sociais, em tudo buscando e atingindo a mais
ampla dimensão de serviço à população, conforme recomenda a Doutrina Social
Cristã.
O Observatório Astronômico,
por exemplo, em 24 de janeiro de 2008, vai completar 100 anos de existência. Os
objetivos iniciais do que era então o Instituto Astronômico e Meteorológico da
Escola de Engenharia de Porto Alegre eram fornecer a Hora Certa para a cidade e
implantar uma rede de estações meteorológicas no Estado do Rio Grande do Sul.
Em função disso, a instituição acumulou um acervo instrumental, bibliográfico e
documental que retrata o fazer ciência na época e sua evolução temporal.
Já
o Planetário é um pouco mais novo, é de 11 de novembro de 1972. Como órgão de
complementação de ensino e divulgação da Astronomia, nesses 35 anos o
Planetário tem oferecido muitos programas científicos e culturais à comunidade
universitária do Rio Grande do Sul, em que poesia, música e ficção se combinam
com as atividades normais, às quais mais de quatrocentas pessoas comparecem por
apresentação. Quem de nós nunca visitou o Planetário?
Quanto à Rádio da Universidade,
coube à Universidade Federal do Rio Grande do Sul a primazia de ser a primeira
no Brasil a operar uma estação de
radiodifusão, que se destinaria à transmissão de ensinamentos e palestras, além
de informações de seu observatório astronômico. Mas havia uma ressalva: não
poderiam ser irradiados programas musicais e outros de natureza recreativa. Foi
só em 18 de novembro de 1957 que a ZYU67, a nossa Rádio da Universidade, entrou
no ar com uma nova proposta de irradiar cultura, educação e entretenimento da
melhor qualidade. E hoje a Rádio da Universidade se tornou um verdadeiro laboratório,
que se pauta através de práticas e iniciativas realizadas no espaço acadêmico,
retratando a pluralidade da sociedade em sua programação.
A história do Curso de Geologia da UFRGS se
confunde com a própria história da geologia no Brasil. E aqui está o seu
fundador, o Professor Irajá Damiani Pinto - peço que se levante -, que há 50
anos fundou o Curso de Geologia. Peço uma salva de palmas ao Dr. Irajá.
(Palmas.) As primeiras aulas ministradas, Dr. Irajá, foram no porão da
Faculdade de Direito da UFRGS em Porto Alegre. O Curso começou como um sistema
independente da UFRGS e com professores oriundos das mais diversas
nacionalidades e Estados, contando no corpo docente com norte-americanos,
franceses, alemães, uruguaios e argentinos. Seu sucesso foi tão grande que, no
primeiro concurso da Petrobras, os dez primeiros lugares foram da Escola
gaúcha. E, no primeiro concurso do Departamento Nacional de Produção Mineral,
no Rio de Janeiro, os nove primeiros lugares também foram dessa Escola.
Está de parabéns a
Capital do Estado ao realizar a Semana Municipal de Ciência e Tecnologia, e
aqui cumprimento o Dr. Jorge Antônio Branco por isso, não só por mobilizar a
população em torno de atividades na área, estimulando a criatividade e a
inovação, como também por poder contar com tão significantes e preciosas
instituições, que aliam a
ciência à educação e que, com suas histórias plenas e realizações, tanto têm
feito pelo desenvolvimento de nossa Cidade, de nosso Estado e, sem falsa
modéstia, de todo o Brasil. Que Deus continue abençoando a todos! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Elias Vidal.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Gostaria de
cumprimentar o Ver. João Carlos Nedel por esta iniciativa e agradecer ao Ver.
Elias Vidal, que me cedeu o seu tempo em Comunicações para que pudéssemos fazer
uma saudação a esta importante iniciativa, homenageando o transcurso da Semana
da Ciência e Tecnologia. Quero também, em nome da minha Bancada, composta nesta
Casa pelo Ver. Nereu D'Avila, Verª Neuza Canabarro, Ver. Ervino Besson, Ver.
Mario Fraga e por este Vereador, dizer que realmente o tema ciência e
tecnologia é hoje um tema que nos remete sempre a uma melhoria na qualidade de
vida, a um avanço, a uma dinâmica, enfim, a um sem-número de benefícios que a
informática, os meios digitais, o acesso às comunicações têm trazido para as
comunidades, em termos gerais, em nível global, e têm aproximado fronteiras.
O
Sr. Bernardino Vendruscolo: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Márcio Bins
Ely. Também queremos agradecer ao Ver. Nedel e homenageá-lo por essa
iniciativa; cumprimento todos em nome da Bancada do PMDB. Quero registrar,
Vereador, se me permite, a presença do Sr. Zilmino Tartari, Diretor-Técnico da
PROCEMPA; em especial, hoje, Celestino Valenzuela, que todos nós, gaúchos,
brasileiros, aprendemos a conhecer e a admirar desde os tempos em que lá
trabalhava, e hoje ele é um pescador profissional. Recebam os nossos
cumprimentos.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Agradeço, Ver. Bernardino. Gostaria, com essa manifestação do Ver. Bernardino,
cumprimentar também as demais autoridades aqui presentes.
O
Sr. José Ismael Heinen:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, nobre
colega. Eu quero, em nome do Partido dos Democratas, me solidarizar com esta homenagem
justa e tão necessária nos dias de hoje ao desenvolvimento da ciência e
tecnologia do nosso País, algo que vai caracterizar verdadeira independência da
nossa Nação. Parabéns, contem com o nosso apoio. Muito obrigado.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Primeiramente, eu quero
agradecer o aparte e parabenizar o Ver. Nedel por esta brilhante iniciativa.
Cumprimento as pessoas que compõem a Mesa, as pessoas que têm essa
responsabilidade, porque o engrandecimento de uma Nação passa pela ciência e
tecnologia. Fica aqui o nosso reconhecimento e o nosso abraço. Também quero
lembrar que o Ver. Professor Garcia foi quem criou a Semana da Ciência e
Tecnologia nesta Casa. Portanto, fica o reconhecimento e o nosso abraço ao
nosso colega Ver. Garcia por essa brilhante iniciativa. Parabéns às senhoras e
aos senhores.
O
Sr. Elói Guimarães: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Permita-me que averbe à
manifestação de V. Exª a saudação do Partido Trabalhista Brasileiro à Mesa aqui
já nominada, quando se comemora a Semana da Ciência e Tecnologia, e, por assim
dizer, a ciência e a tecnologia representam exatamente a vanguarda de toda a
movimentação civilizatória. É a ciência mais antiga, diríamos assim, e a
tecnologia estabelecendo exatamente as ferramentas e mecanismos para que a vida
se torne mais leve, para que os problemas se resolvam, exatamente pelo avanço
que a tecnologia tem determinado na caminhada da humanidade.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Agradeço ao Ver. Elói e aos Vereadores que se manifestaram. O nosso tempo é
bastante exíguo, mas gostaria, para concluir, Srª Presidente, de dizer que
também demos a nossa contribuição como Partido, quando o Secretário Kalil Sehbe
assumiu a Pasta de Ciência e Tecnologia do nosso Estado. Sabemos também que
muitos são os avanços na área do combate a questões de meio ambiente, à
utilização da ciência e da tecnologia para o aprimoramento e à melhoria da qualidade
de vida sem o comprometimento das futuras gerações. Inclusive, um dos temas da
Semana, no folheto que nos foi entregue, é justamente o projeto de reciclagem
de óleo de fritura. Também aqui, nos bastidores da ciência, como os
pesquisadores estudam a natureza, faço parte, por opção e por delegação
partidária, da Comissão de Meio Ambiente e Saúde desta Casa, em que vamos estar
atentos a esses temas e nos somar a essa importante iniciativa.
Caminhamos,
com certeza, para uma agilização nos processos. Hoje, por exemplo, o fax já
está praticamente obsoleto, os e-mails estão tomando conta, as pessoas
praticamente já não vivem sem os computadores, e muito ainda se deve priorizar
a respeito das políticas públicas de investimento nas áreas de ciência e
tecnologia. Essa é a nossa reflexão, a nossa contribuição. Mais uma vez, nossos
cumprimentos ao Ver. João Carlos Nedel, também ao Ver. Newton Braga Rosa, que é
professor da UFRGS e que nos tem brindado muito com seus conhecimentos na área
aqui neste plenário. Srª Presidente, peço escusa por avançar um pouco no meu
tempo, muitos foram os apartes das diversas Bancadas que se manifestaram
durante o meu discurso. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Muito obrigada , Ver. Márcio.
O
Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo do Ver. Almerindo Filho.
Entre
as entidades que comemoram os seus aniversários, está o Observatório
Astronômico, que comemora 100 anos, fato importantíssimo. Mas eu gostaria de
falar um pouquinho a respeito do Planetário, que é o mais jovem de todos, com
apenas 35 anos. Eu me lembro da construção daquele prédio, eu trabalhava no
CPD, que fica à frente, na Rua Ramiro Barcelos. Na pesquisa que fizemos, veio
um fato que eu achava que era mais ou menos assim: a construção do prédio foi
feita pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre - talvez até o Prefeito Dib
estivesse envolvido com ela -, e, sobre a obra do artista, havia uma plaquinha
que explicava, no dia da inauguração do nosso Planetário, que o Planetário
tinha aquela forma arquitetônica para sugerir uma nave espacial pousada no
solo, rodeado por jardins, espelho d’água, com relógio de sol e
rosa-dos-ventos.
Com
relação ao Curso de Geologia - e o Professor Irajá Daminai Pinto está aqui -,
eu acho que cabe destacar a importância que ele teve na medida em que também
foi fruto de um projeto nacional que criou iniciativas semelhantes em São
Paulo, Ouro Preto e Recife. Essas quatro entidades estão diretamente vinculadas
ao sucesso do programa do setor petrolífero brasileiro. E a Petrobras, eu
acredito, deve muito a instituições de ensino e pesquisa como a UFRGS, que no
momento certo souberam apresentar o seu papel.
A
Rádio da Universidade é comandada atualmente pelo André, uma pessoa que conheci
há pouco tempo, mas já o tenho em alta cota, e o Diretor-Técnico, Sr. Luiz
Sperotto, é um amigo de longa data, ele está nas galerias junto com outras
pessoas que me trazem boas lembranças. A Rádio da Universidade, de todas,
talvez seja a mais presente. Ela está presente no nosso dia não só pela música,
mas pela informação precisa e, antes de tudo, pela formação de recursos humanos
qualificados.
Eu
gostaria de encerrar lembrando que, aqui neste plenário, hoje, neste dia de
festa, existem pessoas como o Professor Manfroi, que, apesar de estar
aposentado, é professor voluntário do Curso de Pós-Graduação em Cardiologia,
revelando muito do esforço que as pessoas fazem e do amor que têm pela nossa
Universidade, o que lhe fez retornar à atividade docente. Aqui, hoje, neste
plenário, nós estamos não só em um momento de festa, mas em um momento de
afirmação de que a tecnologia é um fator de crescimento auto-sustentável e de
inclusão sócio-econômica pelo trabalho. Agradeço a atenção dos meus colegas da
Universidade e, mais uma vez, muito obrigado por aceitarem a homenagem desta
Casa, o que a mim muito me honra. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. João Carlos Nedel.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Nesta Semana da Ciência e Tecnologia, eu me sinto obrigado, em nome da minha
Bancada, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, a fazer algumas
considerações, elogiando, em primeiro lugar, a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul por seu dinamismo e por anos e anos de preocupação, como já disse
o Professor-Vereador Newton Braga Rosa, fazendo uma antevisão das necessidades
dos potenciais da ciência e tecnologia há 50, 100 anos. Nós, agora, temos que
ter a mesma ousadia que tiveram os professores que fundaram o Curso de
Geologia, que fundaram o Observatório Astronômico, que fizeram todas essas
investidas muito importantes para o desenvolvimento da ciência e tecnologia na
nossa Cidade. Porto Alegre tem essa marca da ousadia, está trilhando os caminhos
que devem ser trilhados para um futuro em que nós vamos marcar, sem dúvida
nenhuma, a nossa posição, o nosso momento na biografia desta Cidade, porque
estivemos presentes nesses momentos de articulação político-institucional.
Eu
não poderia deixar de mencionar, Verª Maria Celeste, a atividade que foi
desenvolvida pelo Ver. Newton Braga Rosa e pelo meu colega de Bancada Ver.
Carlos Comassetto na busca de trazer para Porto Alegre um grande evento, o
Cebit, inclusive foram à Europa fazer essa investida. Também não poderia deixar
de falar aqui da importância do Ceitec e do envolvimento que eu tive,
pessoalmente, quando passei pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e
Comércio. O Centro Tecnológico da UFRGS, hoje aqui homenageado, o da PUC e de
outras instituições engrandecem muito a cidade de Porto Alegre.
O
Sr. Carlos Comassetto: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Cumprimento o nosso Líder,
Ver. Adeli; também o Ver. João Carlos Nedel e toda esta vanguarda da ciência e
tecnologia de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul e do mundo. Quero registrar
que esta Casa ganhou um prêmio pela exposição que o Instituto de Física fez
conosco, coordenado pelo Professor João Schmith, como o melhor trabalho
desenvolvido pela Casa, em 2005, pelo ano do Centenário de Einstein, da Física.
E,
ao mesmo tempo, faço o registro, Ver. Adeli, de que a busca da maior feira de
tecnologia da informação e comunicação para Porto Alegre está avançada, para
que possamos realizar aqui o trabalho que a nossa Presidenta, Verª Maria
Celeste, começou no início deste ano, trazendo a Porto Alegre uma sucursal da
Cebit. Obrigado.
O
SR. ADELI SELL: Nós é
que agradecemos.
Ver.
Nedel, também queria dizer que, dada a determinada estagnação econômica que
Porto Alegre se confronta desde 2001, é necessário pensarmos o desenvolvimento
e a sustentabilidade econômica e social de Porto Alegre com base no seguinte
tripé: desenvolvimento da ciência e tecnologia, do turismo de eventos e feiras,
e a saúde de excelência. Com esse tripé de serviços de vanguarda, com muita
ousadia, nós poderemos gerar dezenas, centenas, milhares de empregos, inclusive
empregos altamente qualificados. Para isso é preciso apostar, fundamentalmente,
nas instituições de ensino, de educação do País. Precisamos, sempre, exigir dos
Governos aqueles elementos mínimos, básicos, do seu orçamento para fins
tecnológicos. Ontem li nos jornais que o Governo Federal garantiu no PAC do
desenvolvimento, para a área de ciência e tecnologia, 1,5% do seu PIB. É pouco,
mas é um elemento importante para uma nova alavancagem da ciência e tecnologia
no Brasil.
É
nos cientistas, professores, educadores e naqueles jovens que freqüentam
universidades, que freqüentam cursos técnicos, que buscam, no futuro, no
desenvolvimento, um mundo melhor que nós queremos apostar. É por isso que, em
meu nome, como Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, Bancada formada
pelos Vereadores Marcelo Danéris, Guilherme Barbosa, Margarete Moraes e Carlos
Comassetto, deixo uma saudação especial à Universidade Federal do Rio Grande do
Sul e à vanguarda dos seus educadores. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Com as palavras do Ver. Adeli Sell, concluímos esta homenagem pelo transcurso
da Semana Nacional e Municipal de Ciência e Tecnologia.
Neste
momento, passo a palavra ao Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca, Vice-Reitor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no exercício da Reitoria.
O
SR. PEDRO CEZAR DUTRA FONSECA: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Gostaria também de mencionar e cumprimentar o Presidente do
Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Porto Alegre, Sr. Jorge Antônio
Branco, também cumprimento dois Professores Eméritos da nossa Universidade que
aqui se fazem presentes: o Professor Irajá Pinto, do Instituto de Geociências,
e o Professor Eloy Julios Garcia - dois Professores cuja história e trabalho
mereceram, de nossa Universidade, esse importante título de Professor Emérito,
pela folha e pelo trabalho que exerceram ao longo dos anos.
Na
verdade, para nós, é uma satisfação estarmos aqui recebendo esta homenagem, que
foi proposta pelo Ver. João Carlos Nedel, de maneira que nós estamos sendo
homenageados por esses quatro órgãos que compõem a nossa Universidade, o que
mostra que a grandeza da Universidade é fruto da grandeza e do trabalho de
todos os órgãos que a compõem.
O
nosso Observatório Astronômico, criado há 100 anos, plantou uma semente
importante no estudo da Física, no estudo da Astronomia dentro do Rio Grande do
Sul e do Brasil. Ele foi pioneiro, e a importância dessa geração que criou esse
Observatório Astronômico se vê na própria beleza arquitetônica de seu prédio,
hoje um dos prédios históricos que engrandecem a cidade de Porto Alegre. Junto
com esse Observatório Astronômico e também sob o ponto de vista acadêmico, os
50 anos do nosso Curso de Geologia vêm se somar a dois grandes institutos e
áreas que trabalham a nossa Universidade. Esses cursos - Geologia, Física e Astronomia
- têm nota máxima em nível nacional, o que lhes confere um padrão internacional
de consideração, ou seja, são áreas das quais nós nos orgulhamos na
Universidade, no sentido de não existir paralelo, ou, se existir paralelo, é
igual, em termos nacionais, ao nosso trabalho. Isso é fruto dessas gerações que
vêm de longos anos. Na verdade, essa geração do Observatório Astronômico é uma
grande geração de positivistas, formados no Rio Grande do Sul, que acreditaram
naquele momento no papel da ciência, no papel da tecnologia, eles foram
fundamentais para a criação e para a ampliação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
Hoje
nós também comemoramos os 35 anos do nosso Planetário e os 50 anos da nossa
Rádio. O Planetário e a Rádio têm uma coisa em comum, eles são uma forma que a
Universidade tem de se comunicar com o mundo exterior a ela. O Planetário
recebe milhares de pessoas anualmente, principalmente estudantes, jovens,
crianças, que vão lá e aprendem desde cedo a beleza e a importância da ciência.
E isso desperta em muitos dos nossos jovens o amor e a vocação pelo
conhecimento. Uma ida ao Planetário, para várias escolas, para os nossos
jovens, mesmo para os adultos, significa um momento que a Universidade tem de
mostrar o que ela faz e também de mostrar a importância que tem a ciência para
aqueles que no dia-a-dia não trabalham com ela, mas que usufruem os frutos que
ela produz.
A
Rádio, da mesma forma, é um orgulho da nossa Universidade. A Rádio
universitária é pioneira nacionalmente, ela manteve, ao longo do tempo, mesmo
com várias dificuldades, uma programação invejável dentro do Rio Grande do Sul,
abarcando toda a Cidade de Porto Alegre, aliás hoje ela pode ser ouvida em
qualquer Cidade do mundo, em função da Internet, das comunicações. E, cada vez
que mostramos a sua programação - há encontros nacionais -, há uma pontinha de
inveja de várias universidades, pela maneira com que mantemos essa Rádio, uma
das atividades que nós nos propomos a aumentar e a apoiar nesta Administração.
Então,
eu gostaria de agradecer ao Ver. João Carlos Nedel, aos outros Vereadores que
aqui se pronunciaram, aos Professores da nossa Universidade, a todos aqui
presentes a lembrança que tiveram. Quero dizer, da mesma forma, que a nossa
presença nesta tarde mostra que a relação entre a Câmara Municipal de Porto
Alegre e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul é sólida, é uma relação
que se mantém ao longo do tempo. E esta Universidade - uma universidade pública
cujo compromisso maior é formar recursos humanos de alto nível - continua com o
mesmo objetivo de quando foi criada por aquelas gerações que hoje nós
comemoramos aqui, 100 anos, 35 anos: um compromisso maior com a ciência, com o
conhecimento e com a educação. Muito obrigado em nome do Reitor, Professor
Hennemann. Eu gostaria de agradecer de coração e comovidamente esta homenagem à
nossa Universidade. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Parabenizamos, mais uma vez, a Universidade Federal
do Rio Grande do Sul e damos por encerrada a presente homenagem. Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas. Muito obrigada pela presença de
todos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h22min.)
(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel – às 15h28min): Estão
reabertos os trabalhos.
Hoje temos o comparecimento do Sr. Humberto Kasper,
Superintendente de Desenvolvimento e Expansão da Trensurb, que falará a
respeito da mobilização para inclusão de recursos no PPA 2008-2011 do Governo
Federal para a implantação do primeiro trecho do metrô de Porto Alegre.
O
SR. HUMBERTO KASPER: Boa-tarde,
Ver. João Nedel; saudando V. Exª, que preside neste momento os trabalhos, eu
saúdo os 36 Vereadores desta Casa. Quero fazer um cumprimento especial a dois
Vereadores que já atuaram como Secretários de Transporte desta Cidade: Ver.
Elói Guimarães e Ver. João Antonio Dib, que ocupou cargo no Executivo quando
Prefeito.
Vimos
hoje aqui, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, buscar apoio desta Casa, de tanta importância para Porto Alegre,
para o crescimento e o desenvolvimento desta Cidade; esta Câmara contribuiu
para o desenvolvimento urbano com Projetos de envergadura, Projetos que levaram
a nossa Cidade a ser hoje uma referência mundial no setor de transportes e no
setor de infra-estrutura. Mas Porto Alegre merece e precisa, Srs. Vereadores,
de uma importante tecnologia: o sistema metroferroviário. E o que nos traz aqui, neste momento, é a
mobilização que está sendo desenvolvida pela sociedade porto-alegrense e a
sociedade gaúcha no sentido de buscar a inclusão, no Programa Plurianual
2008/2011 do Governo Federal, de recursos para iniciarmos a implantação do
metrô de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exmo Sr. Presidente,
Ver. João Carlos Nedel; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais
Vereadores e Vereadoras desta Casa, o Sr. Humberto Kasper, Superintendente de
Desenvolvimento e Expansão do Trensurb, que traz como pauta a mobilização para
a inclusão de recursos no Plano Plurianual 2008-2011 do Governo Federal para a
implantação do primeiro trecho do metrô de Porto Alegre.
Eu gostaria de saudar o Sr. Humberto por seu
comparecimento a esta Casa e dizer que é com muita alegria que a nossa Bancada
do PDT, composta pelos Vereadores Nereu D’Avila, Mario Fraga, Ervino Besson,
Neuza Canabarro e por este Vereador, está recebendo a notícia desse movimento,
desse somatório de esforços para que se possa incluir no Plano Plurianual do
Governo Federal tão expressiva obra, que trará um benefício incalculável para a
cidade de Porto Alegre. Trata-se de uma obra necessária nos momentos de hoje,
no que diz respeito ao afogamento do trânsito, às dificuldades de transporte,
ao grande número e volume de produção de automóveis em nosso País. Realmente é
fundamental, imprescindível que possamos contar com esse avanço tecnológico,
com esse avanço na área de transporte e circulação, que é o metrô na nossa
Capital, na querida capital dos gaúchos.
É com muita alegria que a Bancada do PDT se manifesta
neste momento, realmente com um senso de responsabilidade muito grande, porque
nós sabemos o grande compromisso financeiro que uma obra desse porte envolve,
mas temos grande esperança, temos fé de que esse sonho se transformará em
realidade. Terá sempre, com certeza, o nosso apoio e, acredito, o apoio de
todos os integrantes desta Casa Legislativa da Capital. Receba nossos
cumprimentos. Fica o registro da Bancada do PDT no comparecimento de V. Exª na
tarde hoje. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver.
Márcio.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maria
Celeste; nós queremos cumprimentar o Sr. Humberto Kasper, Superintendente de
Desenvolvimento e Expansão da Trensurb, e dizer que é um sonho, acredito, de
todos os porto-alegrenses que nós possamos, algum dia, viver essa realidade de
termos o primeiro trecho do metrô funcionando em nossa Cidade. Acho só que, no
espelho aqui, há um certo equívoco quando diz que nós temos de incluir recursos
no PPA. Eu acredito que nós não podemos incluir os recursos do PPA; nós podemos
é sugerir um programa para que, através dele, tenhamos, quem sabe através das
negociações, lá no final do ano, quando votarmos aqui o Orçamento, recursos
endereçados para dar início a esses trabalhos.
Mas, com toda a certeza, nós todos aqui desta Casa
saudamos a sua presença como um fato extremamente positivo, porque, afinal de
contas, há muito tempo esta Casa vem discutindo essa possibilidade. E, na
discussão dessa possibilidade, quem sabe agora, esta sua presença...
(Aparte fora do microfone.)
O SR. LUIZ BRAZ: É o PPA federal, mas, mesmo sendo
o PPA federal, é da Constituição, quando nós falamos em PPA, estamos falando em
programas e ações. Então, não podemos falar ainda... Mesmo sendo um órgão de
pressão aqui, funcionando como um órgão de pressão, só podemos pressionarmos
para que haja a inclusão de um programa no Plurianual. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; meu caro Dr. Humberto Kasper, Superintendente
de Desenvolvimento e Expansão do Trensurb, quero cumprimentá-lo pela
alvissareira notícia que nos traz, de que o Plano Plurianual da União conterá
recursos para que se possa pensar em iniciar algo de positivo em torno do metrô
de Porto Alegre. Esta Câmara, no passado, já fez um fórum tratando do assunto;
creio que o Ver. Adeli Sell foi o Relator da Comissão, e o Ver. Záchia, na
oportunidade, foi o Presidente da Comissão, e ficou tudo apenas nas palavras.
Eu acho agora que, com essa notícia tão satisfatória que nos é trazida, esta Casa, se não
estiver na Audiência Pública lá em Florianópolis, deveria já providenciar um
documento, dando apoio à iniciativa da nossa Bancada federal. Cumprimento, mais
uma vez, o Dr. Kasper, e pode ter certeza de que a Bancada do PP - Vereadores
João Carlos Nedel e Newton Braga Rosa - está inteiramente solidária com a iniciativa
da nossa Bancada federal. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; quero cumprimentar o
Superintendente Humberto Kasper e dizer da alegria em ter a presença de V. Sa.
aqui, trazendo essa informação ao Plenário da nossa Casa, da iniciativa da
nossa Bancada federal gaúcha, com todos os Deputados empenhados nessa
possibilidade.
A
gente que acompanha esse tema aqui em Porto Alegre sabe que o tema metrô - uma
linha de metrô na nossa Cidade - serviu durante muito tempo para a disputa
política, para a disputa eleitoral. Felizmente, com a estruturação desse grupo
de estudos, juntando a Prefeitura de Porto Alegre, a Metroplan e o Trensurb,
portanto os três níveis de Governo, foi superado esse aspecto da disputa. E
agora, com essa iniciativa da nossa Bancada federal, se abre, de fato, a
possibilidade de que venhamos a implementar, em Porto Alegre, um primeiro trecho,
pelo menos daquilo que é o projeto todo, do trem da nossa Cidade. Sabemos que
temos um bom sistema de ônibus, mas que esse sistema tem um limite de
capacidade, e é preciso começar já.
Portanto,
vejo, Presidente Maria Celeste, a importância da presença da nossa Câmara de
Vereadores - quem sabe de V. Exª ou da representação da situação, da oposição -
nesta Audiência de segunda-feira na Assembléia Legislativa de Santa Catarina,
para que os Vereadores, que representam a totalidade da nossa população, estejam
lá presentes dizendo que “sim, nós queremos, a cidade de Porto Alegre quer que
estejam incluídos recursos, para que o metrô em Porto Alegre não seja só um
planejamento, um desejo, mas que vire realidade”. Obrigado pelo presença de V.
Sª, trazendo essa importante informação.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Obrigada, Ver. Guilherme Barbosa, acolho a sua sugestão e a das demais
Bancadas. Veremos como vamos proceder, Ver. João Antonio Dib, em relação ao
encaminhamento dessa questão. Quero agradecer a presença do Sr. Humberto
Kasper, Superintendente de Desenvolvimento e Expansão da Trensurb, que vem
hoje, em comparecimento, informar esta Casa a respeito dessa importante
Audiência que será realizada na cidade de Florianópolis.
A
Verª Maria Luiza está com a palavra.
A
SRA. MARIA LUIZA: Srª Presidenta
desta Casa, cumprimento o Sr. Humberto Kasper pela sua presença nesta Casa e
pela iniciativa de poder aportar recursos para a Capital gaúcha, através do
Plano Plurianual federal, a fim de que se possa, efetivamente, implantar o
metrô na nossa Cidade, o que vai dar agilidade a toda a população e, com
certeza, estará contribuindo com o meio ambiente. Falo em nome da Bancada do
Partido Trabalhista Brasileiro. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Verª Maria Luiza.
Não
havendo mais nenhuma Bancada para se manifestar, agradecemos a presença do Sr.
Humberto Kasper. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h44min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 15h45min): Estão reabertos os trabalhos.
Registro a presença da Escola de Educação Infantil Arte Carinho. Estamos recebendo nove alunos da Escola e as Professoras Melina Silva Galvão e Cristiane Schüller. Esta atividade faz parte do Projeto de Educação Política, que o Memorial disponibiliza para as escolas de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Sejam todos e todas muito bem-vindos aqui, os pequeninos hoje estão conhecendo a Câmara Municipal. Muito obrigada, professoras, pelas presenças. (Palmas.)
A
Verª Clênia Maranhão solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 03
de outubro a 04 de outubro.
(Obs.:
Foi apregoado Requerimento de licença da Verª Clênia Maranhão e dada a posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos
Memorando do Ver. Professor Garcia, que solicita a sua desfiliação do Partido
Popular Socialista. Apregoamos Requerimento de autoria do Ver. Professor
Garcia, que requer inclusão de seu nome na Bancada do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro, o PMDB, tendo em vista sua filiação em 03 de outubro de
2007.
O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Comunicações.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Muito boa-tarde, Srª Presidente, Vereadoras, Vereadores.
Ver. Mauro Pinheiro, é bom revê-lo e tê-lo aqui.
Eu
queria retomar um assunto, Ver. João Dib, a respeito da paralisação da
fabricação de óculos na Associação Pão dos Pobres. A Governadora Yeda rompeu o
convênio que existia há oito anos, em que 62 mil óculos de grau foram
fabricados nessa Associação para pessoas carentes, atendendo 455 cidades do Rio
Grande do Sul. A criança precisa de óculos; o trabalhador também, para não
perder o emprego; o idoso, para poder caminhar na rua. Eles muitas vezes não
têm dinheiro para pagar os óculos, e a Associação Pão dos Pobres há oito anos
vinha desenvolvendo esse trabalho num convênio com o Governo do Rio Grande do
Sul.
Mas
como fica na cidade de Porto Alegre, no Município de Porto Alegre? Eu estava
conversando com o Ver. João Dib, e no dia 15 o Prefeito mandará aqui para a
Casa o Orçamento do ano que vem. Eu estou pensando numa Emenda, que eu gostaria
que fosse feita com todas as Bancadas, para que a gente tentasse recuperar esse
convênio para a Associação Pão dos Pobres, que não é para a Associação, não é
para a Lia, não é para o Irmão Valério, é para as pessoas que necessitam,
porque o convênio foi desativado. E dentro daquele critério - se está
funcionando -, por que acabar com esse tipo de coisa? Sabemos das dificuldades,
sim, que o Governo Estadual está tendo, Ver. Luiz Braz, a Governadora Yeda está
encontrando terríveis obstáculos, dificuldades para governar, todo mundo sabe
disso, esse pacote que saiu hoje mesmo precisa da compreensão de todo o Rio Grande
do Sul. Mas pequenas coisas... Eu acho isso aqui uma pequena coisa para deixar
de funcionar simplesmente, e nós não fazermos alguma coisa. Então, vamos fazer
por intermédio da Câmara, vamos fazer uma emenda e conseguir esse dinheiro,
para que os óculos aos carentes continuem sendo fabricados ali na Igreja Pão
dos Pobres.
Eu
recebi uma carta, acho que todos os Vereadores a receberam, de um grupo de
moradores da Rua Santos Neto, da Av. Lajeado, da Av. Alegrete, da Av. Bagé e
arredores, moradores que não concordam com a demolição de casas características
do bairro Petrópolis e com a substituição por espigões. Vocês conhecem o meu
ponto de vista, sabem que sou favorável a prédios altíssimos, de 30, 40, 50
andares, eu sou assim, tem gente que não gosta que a Cidade suba, eu gostaria,
mas até para isso tem um local para serem construídos os grandes edifícios.
Acho que, quanto maior um edifício, mais barato fica um apartamento, eu não
entendo disso, não estudei para isso, mas é que a gente olha de fora e fica analisando
que, quanto mais apartamentos construídos num só edifício, mais barato fica
para o cidadão que vai comprar. Então, em algumas regiões eu acho que não tem
nenhum problema.
Agora,
em relação a essa reivindicação de um bairro já tradicional de Porto Alegre e
dessa rua, como a Rua Santos Neto, eu acho que nós poderíamos realmente
interferir junto às pessoas que vão tomar atitudes sobre isso, acho que é com o
Secretário Beto Moesch, que é da Secretaria do Meio Ambiente. Então essa
reclamação é justa, são moradores que exigem a participação de cada um de nós,
e eles têm que exigir mesmo. Preservação de árvores e de pássaros: como é que
nós não vamos preservar, não é, Tonico? Nós, que estamos acompanhando três
filhotes de sabiá há 15 dias, mostrando o que é a vida, o que é a natureza, e
daí nós vamos colaborar para subir o espigão? Não! Então podemos sentar para
conversar a respeito disso. Estão certos os moradores do bairro Petrópolis que
enviaram carta para todos os Vereadores, sim; é preciso pedir, é preciso falar,
embora nós brasileiros falemos muito e façamos muito pouco. Nós falamos demais,
nós falamos durante a tarde inteira aqui, todas as Câmaras Municipais,
Assembléias, Congressos, reuniões e mais reuniões, planificações,
planejamentos, mas ação, consistente mesmo, a gente não vê.
Mas
eu quero aproveitar o minuto que falta. Eu nunca fui com a cara dele, nunca
fui! Não o tenho como ídolo. Confesso que não sabia nada do moço. A minha
invocação com ele era mesmo de graça. Absolutamente de graça! Mas, aí, eu
procurei e pesquisei, já que um dia eu dei uma opinião na rádio a respeito dele
e recebi uma carga de cartas de pessoas dizendo que eu estava atingindo um
mito. Vejamos: ele tinha uma maníaca necessidade de matar pessoas; ele tinha
uma crença inabalável na violência política; buscava incessante por uma morte
gloriosa; centenas de homens foram por ele fuzilados; não entendia a vida
social e eliminava seus adversários a tiros; liderou guerra sem futuro no Congo
e na Bolívia; foi responsável pela morte de 49 recrutas inexperientes; foi
organizador de um campo de extermínio; queria uma revolução armada em todo o
Terceiro Mundo e sempre quis colocar fogo na América. A sorte o acompanhou,
pois, ao morrer aos 39 anos, foi tido como um grande líder dos pobres, um
grande revolucionário. E o mito foi criado em torno de sua vida. Como não dizer
quem é ele? Eu estou falando do argentino Che Guevara. Nunca fui com a cara
dele! E eu não estava enganado! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
Mas
hoje quero falar sobre o STF, que profere uma sentença - e parece redundante -
definitiva sobre a questão do troca-troca de Partidos. Essa sentença surgiu a
partir de uma ação que os Partidos DEM, PPS, PSDB promoveram em relação a 21
Parlamentares que foram eleitos por esses Partidos e que logo mudaram para a
base governista. Essa sentença, que será proferida hoje, vai valer para casos
semelhantes em todo o Brasil e, mesmo que não seja declarado
efeito retroativo, é muito importante para restaurar no nosso País a dignidade
da política. Eu creio e luto por isso cotidianamente na minha vida, porque
acredito que os políticos devem ser pessoas responsáveis, que falem coisas
importantes, que estabeleçam mediações, que tenham bom senso. Tenho convicção
absoluta de que a política só se fundamenta nas idéias, nos ideais de cada
pessoa, em visões de mundo bem delimitadas, bem delineadas, nas crenças, nas
contradições internas por que cada Partido passa, nos ônus e nos bônus de ser
de determinado Partido político, vejo muito mais dignidade e muito mais coragem
naqueles que permanecem nos seus Partidos e que buscam internamente corrigir
possíveis erros, erros que têm acontecido infelizmente em todos os Partidos e
infelizmente no meu Partido também. Eu penso que, dentro dos Partidos, podemos
contribuir com a democracia; os Partidos ajudam a mudar a vida das pessoas,
sobretudo da maioria, ajudam a aperfeiçoar as instituições, a buscar a
igualdade e a respeitar as diferenças das pessoas. A vida partidária é um
coletivo, é um coletivo pactuado internamente, e há muitas contradições
internas, Ver. Brasinha, que devem ser resolvidas dentro do Partido. A boa
política não combina com esperteza, com vantagens, com contabilidades pessoais.
Fiquei incrédula, absolutamente espantada com o
gesto do Prefeito Fogaça, o mau exemplo do Prefeito Fogaça, a maior autoridade
da nossa Cidade. Eu não tinha motivos para isso, porque, se eu pensasse um
pouquinho no seu histórico, eu ia ver que era possível isso acontecer. Quando
ele perdeu as eleições no Senado, o Prefeito Fogaça declarou no Senado que
jamais concorreria a algum cargo eletivo. Depois declarou que jamais sairia do
PMDB, depois escreveu um artigo dizendo que jamais concorreria à Prefeitura de
Porto Alegre, escreveu e assinou no jornal Zero Hora. Aí, no PPS, concorrendo a
Prefeito, jurou através de um mantra - porque repetia, repetia e repetia - que
ia “manter o que estava bom e corrigir o que estava errado”. Não cumpriu. Assim
como não cumpriu as suas outras declarações. Depois ele se sentiu ofendido quando
uma repórter do Correio do Povo perguntou se ele iria mudar de Partido. Ele
disse que essa pergunta era uma ofensa para ele e que não responderia.
O Sr. Haroldo de Souza: V. Exª permite
um aparte?
A SRA. MARGARETE MORAES: Perdão, Ver.
Haroldo, mas eu quero ocupar todo o meu tempo.
Existe uma má postura, um mau exemplo por parte da
maior autoridade da Cidade - uma Cidade escura, esburacada, suja, trancada, não
há trânsito que flua na cidade de Porto Alegre -, por uma pessoa que não dá
importância ao Partido e que não tem palavra! É isto que a população de Porto
Alegre deve perceber: não tem palavra, promete e não cumpre! Porque eu acho que
é o Partido que dá essência, que dá causa, que justifica o mandato no Executivo
e no Legislativo. E hoje desejo que o STF ajude, que os Ministros estejam
iluminados, que ajudem a boa política no Brasil. Isso vale para todos os
Partidos, Ver. Luiz Braz, inclusive para o meu, para que retornem ao seu
trilho, e a gente consiga exercer a boa política. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Mario Fraga.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste nas galerias
e pela TVCâmara. Senhoras e senhores, venho a esta tribuna, no período de
Comunicações, tempo cedido pelo meu colega de Bancada Ver. Mario Fraga, para
relembrar um tema que considero importante, relevante, talvez tenha sido uma
das minhas maiores contribuições para a Cidade no período em que pude desfrutar
da convivência com os senhores. Falo a respeito da Lei nº 9.992, de 06 de junho
de 2006, que reduziu, em Porto Alegre, o tempo de espera nas filas de banco
para 15 minutos em dias normais e 20 minutos em véspera de feriado.
Trago aqui uma notícia publicada no mês de
setembro, no jornal Zero Hora, que aponta um movimento da SMIC... Aliás, quero
registrar aqui os meus cumprimentos ao Secretário Idenir pelo trabalho que vem
fazendo e no que diz respeito à fiscalização dessa legislação, que é muito
importante, a legislação em
si só funciona a partir de uma efetiva cobrança, de uma efetiva fiscalização, e
parece-me que, nessa seara, temos conseguido grandes avanços. Eu trago, então,
um dado mostrando que neste ano foram vistoriadas 768 agências bancárias em
Porto Alegre, com 73 autuações, ou seja, é importante, fundamental, que as
pessoas acreditem na legislação.
Eu
conversava com o Secretário, que me colocou que as pessoas ainda não acreditam
nessa legislação. Elas pensam que nada vai ser feito, ou que não adianta juntar
as testemunhas. Não é verdade, porque agora 15 minutos é o tempo que o próprio
fiscal pode aguardar na fila, apesar da escassez do número de servidores nas
Secretarias. Aliás, há escassez de servidores em todo o Poder Público em função
da grave crise que assola o setor público tanto na esfera federal como estadual
e municipal. Mas quero dizer que realmente, efetivamente, nós, acreditando,
denunciando, reclamando, insistindo, vamos conseguir com que as pessoas em
Porto Alegre sejam atendidas em 15 minutos nas filas de banco, Ver. Wilton
Araújo.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, Ver. Márcio.
Quando V. Exª coloca na tribuna que deu uma grande contribuição na passagem por
esta Casa, quero dizer que V. Exª vai continuar dando, porque vai continuar
aqui nesta Casa.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito
obrigado, Ver. Ervino, pelo carinho. Eu tenho certeza, acredito que tenho
desempenhado com muita responsabilidade e com muita galhardia essa função que
me foi atribuída e confiada pelo povo de Porto Alegre. Agradeço as suas
considerações.
Quero
dizer - e é fundamental que se faça este registro - que hoje o setor
financeiro, o setor bancário, é o que mais lucra na economia do País. E as
agências bancárias têm, inclusive, estrutura física para proporcionar um número
maior de pessoas para o atendimento. Sem contar que esse movimento é um
movimento que traz emprego para a nossa Cidade. Porque, para que se faça um
atendimento rápido, um atendimento em 15 minutos, é necessário, sim, que se
contratem mais pessoas para os caixas dos bancos.
Então
acredito que, em função da tecnologia - hoje nós tivemos aqui uma homenagem à
Semana da Ciência e Tecnologia -, quase 90% das operações bancárias, Ver. Mario
Fraga, são realizadas via Internet, ou via auto-atendimento, e é um número não
tão expressivo assim de operações para as quais as pessoas necessitam
obrigatoriamente recorrer aos bancos. Não é mais possível que pessoas fiquem em
pé, aguardando na fila, em um horário curto, em um horário exíguo, porque o
banco funciona das 10h às 16h. Geralmente o profissional do comércio, o profissional
que tem o seu horário, o funcionário público, num trabalho de oito horas, têm
duas horas de almoço, e, se tiverem que fazer duas operações bancárias em
bancos diferentes, eles podem perder todo o horário de almoço em pé em uma fila
de banco. Isso não é mais concebível. Então foi nesse sentido que nós
atualizamos a legislação de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, a lei previa 30
minutos em dias normais e 45 minutos em véspera de feriado, nós alteramos para
15 e 20 minutos respectivamente.
Temos
certeza de que estamos trazendo um importante benefício para a comunidade
porto-alegrense. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos ao
O
Ver. Marcelo Danéris está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo da Verª Margarete Moraes.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs.
Vereadores, Sras
Vereadoras, público que nos acompanha pela TVCâmara, primeiro quero fazer uma
referência, uma homenagem à memória de Che Guevara, já que ele foi vilipendiado
desta tribuna, ofendido brutalmente. Nós, todos aqueles que acreditam em uma
sociedade justa e livre, que lutam - e lutaram naquele período - contra o jugo
do império americano, contra as forças do capitalismo, contra a exploração, a
ditadura, a tortura e a perseguição, queremos homenagear um representante e um
símbolo dessa luta. Os que não compreendem essa luta e esse ser humano, esse
lutador social, são aqueles que nunca perceberam que viviam escravizados na
América Latina e todo esse contexto ditado pelo imperialismo americano, pelo
capitalismo. E, no caso de Cuba, viviam sob uma ditadura altamente violenta e
tirânica, e um argentino, médico, doou a sua vida e lutou pela causa dos
trabalhadores e dos excluídos. Ele foi morto covardemente: estava preso, doente
e, por ordem do Governo americano, foi executado pelo exército boliviano, foi
morto por traição quando já estava preso e desarmado. Talvez esse seja o modelo
para alguns de uma postura política dita não-violenta, mas, na verdade, era o
símbolo da dominação violenta desse país sobre a América Latina.
O
PCdoB, o PSB, o PT, o PDT, o PCB, todos esses, mais uma série de organizações,
a CUT, MST, CMP, MLM, a UGES, a UNE, o Cpers, uma série de associações e
sindicatos, vão realizar um ato pelos 40 anos da morte de Che Guevara no
Auditório Dante Barone, na segunda-feira, às 19h30min, na Assembléia
Legislativa. O Partido dos Trabalhadores está convidando todos para
homenagearmos Che Guevara, a sua história, a sua luta, que é a nossa história e
a nossa luta.
Quero
tratar também dessa mudança de Partido - algo que surpreendeu a todos,
especialmente a população - do Prefeito José Fogaça, que mudou de Partido e
viajou na sexta-feira, até para não dar muita explicação. Não tem explicação,
não tem explicação! Melhor é ir para a Alemanha, dar um tempinho, para ver o
que acontece na volta. Eu diria, Ver. Guilherme Barbosa, que esse é o
verdadeiro “PPP do Governo Fogaça” - é um Prefeito que não tem projeto para a Cidade,
não tem Partido e não tem palavra. Esse é o “PPP do Fogaça”.
Nós
estamos acompanhando aqui o Plano Plurianual, que deveria ser um Projeto de
quatro anos para a Cidade. Nós estaríamos na terceira versão, Verª Margarete
Moraes, mas a terceira versão, Verª Margarete Moraes, virou uma quarta versão,
porque o Prefeito Fogaça mandou uma retificação total do Plurianual que a gente
estava discutindo, inclusive derrubando a Emenda de todos os Vereadores. Não há
projeto para a Cidade, por isso já é a quarta versão do Projeto, que deveria
ter sido aprovado lá no início da gestão. Ele estava no PMDB; disse que não ia
sair, mas saiu, foi para o PPS. Estava como jornalista; disse que não ia ser
candidato, mas foi. Estava no PPS; disse que não ia sair, mas saiu, foi para o
PMDB. Por quê? Porque o Prefeito, Sr. José Fogaça, não tem uma identidade
partidária, nem programática, sequer ideológica. Foi a conveniência da eleição
eleitoral que determinou a sua saída do PPS para o PMDB, ele buscou um abrigo
no PMDB para esconder a má gestão desses dois anos e dez meses. Portanto, esse
Prefeito não tem Partido; tem as conveniências políticas que lhe servem a cada
momento, mas é o mesmo Prefeito que já afirmou, desafirmou e escreveu em jornal
que não ia fazer, que ia fazer e que fez, de novo, pela quarta vez, portanto
também não tem palavra. Não tem projeto, não tem Partido, não tem palavra.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Ervino Besson.)
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Eu
vou pedir licença, Ver. Ervino Besson, mas quero fazer aqui o meu Grande
Expediente; como eu sei que V. Exª é um defensor do Governo Fogaça, quero ter a
oportunidade de fazer a crítica, já que aqui temos 26 Vereadores da base de
Governo contra apenas dez da oposição, e nós temos dez minutos para falar. Eu
tenho certeza de que a base do Governo fará as suas defesas aqui.
Eu
vou colocar a crítica da oposição e, tenho certeza, a crítica da maioria da
população de Porto Alegre, porque não posso acreditar - como não demonstrou a
própria pesquisa que saiu na terça-feira, pelo alto grau de rejeição e de
avaliação negativa desta gestão - que a população de Porto Alegre não esteja
percebendo tudo isso que acontece na nossa Cidade e que acontece em relação à
Governança Fogaça e ao Prefeito Fogaça. Tenho certeza, Ver. Guilherme Barbosa,
que não posso confiar na palavra do Prefeito de que ele não vai ser candidato
ao Senado pelo PMDB; ano que vem, a população de Porto Alegre poderá estar
frente a um candidato que, na verdade, vai governar por dois anos, porque ele
quer ser candidato ao Senado. Isso é o que está motivando essa mudança, no meu
entendimento, para o PMDB.
Mas
é um balanço de uma gestão que demonstra, como disse a Verª Margarete Moraes,
que não cumpriu sequer o que tinha prometido na campanha. E eu vou usar, como
símbolo máximo disso, Ver. Comassetto, o Hospital da Restinga, pelo qual o
senhor trabalha e luta tanto. O Plurianual enviado para a Câmara retirou o
Hospital da Restinga como meta. A Bancada do PT, por iniciativa minha,
apresentou uma Emenda colocando o Hospital da Restinga de volta como meta. Para
nossa surpresa, às últimas horas, veio uma Mensagem Retificativa da Governança
Fogaça sobre o Plurianual e retirou de novo o Hospital da Restinga como meta.
Essa é a palavra do Prefeito, que já trocou de Partido, já disse que não ia ser
candidato e tal, e ele agora diz que não será candidato ao Senado, que quer
concorrer pelo PMDB.
E
ele também fez a promessa de que ia manter o Orçamento Participativo. Eu quero
mostrar alguns dados que nós estamos estudando, dados entregues pela própria
Prefeitura de Porto Alegre, não são dados inventados por nós. A participação
nas assembléias do Orçamento Participativo em 2004 chegou a 28 mil pessoas;
este ano a Governança Fogaça comemorou 14 mil pessoas como a melhor expressão -
a metade do que era em 2004! Isso não pode ser o símbolo e a representação de
uma legitimidade que tenha ganho o Orçamento Participativo sobre a coordenação
da Governança Solidária Local, do Secretário Busatto aqui em Porto Alegre.
Mas
eu vou dizer mais. Estão no site da Prefeitura todas as obras, Ver. Dib:
as realizadas, concluídas, e as que estão em andamento, que não estão
concluídas. São dados da Prefeitura que estão no site para qualquer um
ver. Do total de demandas do Orçamento Participativo de 2005, 2006 e 2007, 66%
não foram concluídas, não estão em andamento, nada! São 66%, Ver. Mauro
Pinheiro! Do que foi concluído, dos 34%, 25% são serviços, do tipo: “Firmou
convênio com a creche tal, firmou o convênio com a outra creche...” De obras
mesmo, colocadas lá como concluídas, 9% do Orçamento Participativo, das
demandas, 9%! Esse é o balanço real do Orçamento Participativo em Porto Alegre.
O
mais incrível, Ver. Mauro Pinheiro, é que, das obras colocadas como concluídas,
numa olhada rápida, estamos estudando isso, nós já identificamos nove que
sequer foram feitas, mas estão lançadas como concluídas no site. Nove
obras estão lançadas como concluídas e sequer foram feitas! Estamos
verificando, esquadrinhando dado a dado, obra a obra, porque o exemplo de sexta-feira
mostra que nós não podemos confiar nesses dados, assim como não podemos confiar
no Plurianual, assim como não podemos confiar em uma LDO que determinava, no
máximo, 7 milhões para gastos em publicidade no ano - 6,5 milhões, 7 milhões -,
e este ano já gastaram 14 milhões em publicidade e 990 mil em Saúde. É este
Governo, esta Governança Fogaça que queremos aqui debater - e por que não
dizer? -, queremos denunciar para a população de Porto Alegre a real cara desta
gestão. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores...
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero dizer ao meu estimado
colega Ver. Marcelo Danéris que, sempre que ele me solicitar, eu darei um
aparte mesmo no Grande Expediente ou no período de Comunicações. Quero dizer ao
Ver. Marcelo Danéris que ele deveria falar também a respeito das promessas
feitas quando o Tarso Genro foi eleito Prefeito, se ele cumpriu tudo aquilo que
prometeu. Contrariamente ao discurso
do Ver. Marcelo Danéris estão as últimas pesquisas que saíram na Zero Hora
sobre o Prefeito José Fogaça. Sou grato a Vossa Excelência.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Agradeço, Ver. Ervino, o seu aparte. Inicio a minha manifestação neste período
de Grande Expediente saudando a Srª Presidente, Verª Maria Celeste, e,
saudando-a, quero saudar as demais Vereadoras, Vereadores desta Casa, público
que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores. Gostaria de
trazer para a Pauta do debate deste Grande Expediente na tarde de hoje um tema
que faz parte da página 04 do jornal Zero Hora, uma reportagem que me chamou a
atenção a respeito do álcool e dos jovens.
Hoje de manhã tivemos aqui na Câmara um debate com a presença do Secretário Mauro Zacher, da Verª Maria Luiza e do Ver. Todeschini, em que nós pudemos abordar temas e assuntos que dizem respeito às políticas públicas a serem implementadas pelo Executivo na cidade de Porto Alegre, falamos desse importante exercício que foi a Secretaria da Juventude e desse trabalho que está sendo desenvolvido de interlocução, integração e transversalidade entre as Secretárias. Sabemos que o tema “juventude” envolve uma série de áreas, desde a Saúde - com a prevenção de drogas, planejamento familiar - até o esporte, a cultura, também a questão da Educação, e hoje nós temos 49 escolas municipais em Porto Alegre. Mas realmente alguns pontos abordados na reportagem são fundamentais para a nossa reflexão, Ver. Mario Fraga.
(Lê) “Conforme a Organização Mundial da Saúde, os danos sociais deixados pelo álcool no Brasil correspondem a 7,3% do PIB, e os impostos gerados pela indústria de bebidas são de 3,5% do PIB brasileiro.” Nós percebemos aqui que realmente o álcool tem causado inclusive um prejuízo financeiro para os cofres públicos, em função das conseqüências, do abuso, dos acidentes de carro, das violências domésticas, da dependência, enfim, de uma série de questões que envolvem toda aquela cortina de fumaça em torno do consumo das bebidas alcoólicas. (Lê.) “Um estudo da Universidade de Estocolmo, Suécia, indicou que um aumento de 10% no preço da bebida alcoólica reduz em 28% a morte de homens e em 37% a morte de mulheres”. Isso traz aqui, talvez, um assunto que nós temos que enfrentar, inclusive a reportagem aborda que se pode comprar no Brasil um litro de cachaça muitas vezes mais barato que um litro de água, e essa é uma questão que nós também temos que trazer para reflexão. Faço isso na condição de Vereador mais jovem desta Casa, porque tenho certeza, Ver. João Dib, de que o público jovem é atingido pelo consumo de drogas sobremaneira, fundamentalmente em função das propagandas da televisão, que são muito agressivas no sentido de trazer atores e atrizes muito bonitos, enfim, associando ao consumo de bebidas alcoólicas. Nós já temos, acredito eu, resultados muito positivos, porque a minha geração, Ver. Adeli, é uma geração que reduziu em muito o consumo de tabaco, diferente de outras décadas, em que se via muito no cinema, associada a grandes atores, a questão do consumo do tabaco. Mas eu trago esse tema para reflexão.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Com muita alegria lhe concedo um
aparte, Ver. Adeli Sell.
O Sr. Adeli Sell: Ver. Márcio Bins Ely, evidentemente nós
não nos impressionamos mais com Humphrey Bogart fumando no cinema. E também
trago o seguinte: as pessoas fazem muito alarde, muitas vezes, em torno de um
projeto, de uma idéia, mas não fazem um trabalho sistemático de educação, de
trabalho na Saúde, a mesma coisa acontece em relação à drogadização
e principalmente ao álcool. Eu já não agüento mais ouvir o Secretário Mallmann
falar todos os dias da Lei Seca, quando estamos sabendo que há uma crise brutal
na Segurança Pública. Ele demitiu dois profissionais altamente qualificados do
CPC por divergências, e todos nós conhecemos e sabemos do trabalho deles, e ele
fica falando da Lei Seca. Lei Seca a gente faz à lei que já existe, que proíbe
a venda de bebidas para menores, é só fazer essa fiscalização.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Mas tem que ser feito, Vereador.
O Sr. Adeli Sell: E o Secretário Mallmann sabendo - como ele disse pessoalmente para mim -
que só pode ser lei municipal para tratar da questão, por que não se digna a
vir a esta Câmara Municipal discutir a sua propalada Lei Seca? Eu faço um
desafio, porque quero desmontar todos os dados que ele tem apresentado, por
exemplo, sobre Diadema quanto à criminalidade; são todos falsos, busquei todos
os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Eu agradeço os apartes de V. Exª, Ver. Adeli, e
acredito que realmente muitas medidas coordenadas e organizadas de maneira
coletiva devem ser enfrentadas e realizadas, porque esse não é um problema
simples que vamos conseguir resolver apenas através de uma medida ou de uma
legislação, mas é importante que se trabalhe em cima de dados.
Nós temos aqui, por
exemplo, um índice que aponta o precoce início do consumo de álcool em nosso
País: na população de 14 a 17 anos, os jovens iniciam o consumo de bebidas na
faixa dos 13 anos de idade; na população de 18 a 25 anos, o início do consumo
de bebida é aos 15 anos. Há algumas situações que poderiam colaborar com a
redução desses índices tão graves, que infelizmente, inclusive, abalam famílias
inteiras; uma pessoa vinculada ao álcool, um dependente químico da bebida
alcoólica causa um transtorno para todo o coletivo familiar. São quatro idéias contra o consumo que
estão sendo apontadas aqui, e acho importante que possamos estar debatendo esse
tema, trazendo até para a agenda desta Casa o enfrentamento desse debate. Eu
faço parte da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa e tenho certeza de que
esse é um assunto que está na pauta, é um assunto que diz respeito a um público
muito expressivo e a muitas pessoas, temos, de alguma forma, que encontrar uma
maneira de dar a nossa contribuição.
As quatro idéias, Ver. Luiz Braz, são as seguintes:
a proibição ou redução da propaganda, acredito que talvez pudesse dar um efeito
positivo; a restrição de horários nos bares, trabalhar no sentido de dar uma
enxugada, uma arredondada; a proibição da venda a adolescentes, essa já é uma
legislação, e aí eu quero me somar à manifestação do Ver. Adeli, porque nós
precisamos, efetivamente, fiscalizar e cobrar que não se permita a venda de
bebidas alcoólicas a menor de idade, porque as conseqüências estão aí, e, para
serem enfrentadas, nada melhor do que a prevenção, nada melhor do que uma boa
organização nesse sentido; o aumento dos preços - no cigarro também, Ver. Luiz
Braz, e faço essa comparação com o cigarro porque estamos falando das drogas
lícitas -, que acaba selecionando e causando mais uma dificuldade para aquelas
pessoas que, infelizmente, procuram no álcool, às vezes, como uma saída para
alguma dificuldade emocional ou alguma dificuldade financeira.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerramos o
período de Grande Expediente.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 4597/06 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que altera a ementa e o art. 1º, “caput”
e §§ 1º, 2º e 4º, e acrescenta art. 1º-A na Lei nº 4.555, de 30 de abril de 1979, e
alterações posteriores, aumentando o número de licenças concedidas pelo
Executivo Municipal para o exercício do comércio ambulante em veículos ou
“stands” padronizados para o conserto de fechaduras, serralharia de chaves e
despachantes ambulantes e dando outras providências, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 198/06, de autoria da Verª Maristela
Meneghetti.
PROC.
Nº 4804/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que
obriga a previsão de soluções que permitam a instalação de sistemas
termossolares para aquecimento de água nos projetos de construção de unidades
habitacionais populares decorrentes de programas habitacionais implementados
pelo Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB -, como alternativa ao uso de chuveiros elétricos nessas unidades.
PROC.
Nº 4887/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 161/07, de autoria do
Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Mário Jarros o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 2913 – Loteamento Verdes Campos -, localizado no
bairro Mário Quintana. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 5321/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/07, de autoria da Verª Maristela Maffei, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Frei Albano Roberto
Bohn.
PROC.
Nº 6203/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/07, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Cel. Irani Flôres de
Siqueira.
PROC.
Nº 6798/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 201/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Irmão Modesto Girotto o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Praça 1 – Vila Nova Santa Rosa -, localizado no
bairro Rubem Berta. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1762/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 055/07, de
autoria da Verª Maria Luiza, que institui o serviço de cremação de cadáveres e
restos mortais nos cemitérios públicos do Município de Porto Alegre e dá outras
providências.
PROC.
Nº 4780/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que cria
o Cadastro Único de Organizações Não-Governamentais, que habilita as
organizações não-governamentais (ONGs) a participarem de convênios, parcerias
ou programas que gerem repasses de recursos financeiros do Município sem a
realização de procedimento licitatórios, e dá outras providências.
PROC.
Nº 5362/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 022/07, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que altera o inc. I do art. 82 da Lei Complementar nº 7, de
7 de dezembro de 1973 – Código Tributário Muncipal -, e alterações posteriores,
alterando a data referencial para o pagamento, em parcela única, com redução de
20% (vinte por cento), do valor do Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU), da Taxa de
Coleta de Lixo (TCL) e do Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza relativo à prestação de serviços sob a
forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte (ISSQN-TP).
PROC.
Nº 5703/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 200/07, de autoria do Ver. Mário Fraga, que torna
obrigatória a avaliação de conhecimentos sobre a Lei Federal nº 8.069, de 13 de
julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), e alterações posteriores,
nos concursos públicos para cargos de provimento efetivo na área de educação,
no âmbito do Executivo Municipal, e dá outras providências.
PROC.
Nº 6737/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 196/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Praça Padre José Kentenich o logradouro público cadastrado, conhecido como
Praça 5042, localizado no bairro Hípica. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 6784/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 199/07, de autoria do
Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Rua Humberto Cadaval o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua B – Estrada Afonso Lourenço Mariante -, localizado
no bairro Lomba do Pinheiro. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
4ª SESSÃO
PROC.
Nº 6972/07 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/07, de autoria da
Mesa Diretora, que inclui §§ 1º e 2º no art. 49 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre e revoga o art. 23 do Ato das Disposições Orgânicas Gerais e
Transitórias da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando a garantida,
pelo Município, da manutenção da entidade de assistência à saúde, mediante a
participação de seus servidores, e definindo a forma de composição da direção
dessa entidade.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª
Presidenta, eu tive uma conversa preliminar com o Ver. Mario Fraga e quero
externar uma preocupação que comentei com ele. Seria possível preservarmos a
Liderança e deixar a discussão de Pauta para depois, para entrarmos na Ordem do
Dia, tendo em vista o PPA, que é uma matéria importante? Estou externando aos
meus colegas essa posição que eu comentei com o nosso Líder.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver. Sebastião
Melo, esta Presidenta acolhe a decisão das Lideranças. Seria pertinente o Ver.
Mario Fraga fazer uma consulta a todas as Lideranças, uma vez que o Ver. João
Antonio Dib já está inscrito e pronto para falar.
O SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, eu conversei com o Ver. Adeli, e ele acha que, neste momento, não é
possível pelo estágio avançado em que estamos, deixaremos seguir a Sessão como
está. Nós, da situação, concordamos que a Sessão continue normalmente.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, essa
proposição de não correr a Pauta teria valido ontem, quando as Lideranças não
falaram, quando os Vereadores não deram quorum para a Ordem do Dia. Teria
valido na segunda-feira, pois às 17h30min encerramos a Sessão por falta de quórum,
e nós deveríamos ter votado o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias no dia 1º.
De qualquer forma, está em 1ª Sessão de Pauta um
Projeto que obriga a previsão de soluções que permitam a instalação de sistemas
termossolares para aquecimento de água nos projetos de construção de unidades
habitacionais populares decorrentes de programas habitacionais implementados
pelo Departamento Municipal de Habitação, o DEMHAB, como alternativa ao uso de
chuveiros elétricos nessas unidades. É uma boa idéia utilizar energia solar,
mas que se faça a instalação da energia solar na construção. Se deixar o
dispositivo para que ele aconteça, o morador da unidade habitacional do DEMHAB
não terá, por certo, recursos para fazer a implementação. Então, é mais fácil fazer
o projeto completo, fazendo com que as coisas aconteçam de forma simultânea e
com a segurança de que vai haver o aproveitamento da energia solar, que eu acho
que é uma coisa muito boa. É extensa a Exposição de Motivos, que é do
ex-Deputado Federal Gervásio Oliveira, e a Vereadora pede que os demais
Parlamentares aprovem o seu Projeto.
Está também em 1ª Sessão de Pauta um Substitutivo
que trata do aumento do número de licenças concedidas pelo Executivo Municipal
para o exercício do comércio ambulante em veículos ou stands
padronizados para conserto de fechaduras, serralheria de chaves e despachantes
ambulantes, dando outras providências; um Substitutivo ao Projeto de autoria da
Verª Maristela Meneghetti. Quando me coube fazer o Parecer do Projeto da Verª
Maristela Meneghetti, ao qual fui contrário, assim como ao Substitutivo, pedi
que houvesse diligência do Executivo. E foi encaminhada diligência ao Executivo
para avaliar se a Cidade tem condições de contar com mais profissionais do
ramo, se há algum estudo específico da matéria, se há interesse da Secretaria
Municipal da Produção, Indústria e Comércio em permitir novas licenças.
A resposta diz o seguinte (Lê.): “Ressaltou, de
imediato, que as oitenta licenças existentes são concedidas para o exercício da
atividade em logradouros públicos, porém há ainda oficina de consertos de
fechaduras e serralherias de chaves que atuam em estabelecimento fechado (lojas
em espaços privados) para as quais não existe limitador, permitindo assim um
bom atendimento à população. Foi
referido
também que a atividade muitas vezes é complementada com outros serviços, tais
como confecção de carimbos, instalações elétricas e hidráulicas, indicando que
a atividade principal, por si, não é suficiente para gerar renda. Na conclusão,
manifesta-se o órgão fiscalizador dizendo que, em havendo realmente interesse
em novos licenciamentos, a sugestão é que sejam utilizados estandes-padrão em
lugar de veículos, pois esses ocupam espaço nas vias, causando transtorno ao
trânsito, além de normalmente serem de fabricação muito antiga e com problemas
de manutenção.”
Da informação do Executivo, depreende-se que não há
necessidade de oitenta novas licenças, a Cidade está perfeitamente coberta pelas oitenta existentes, mais aquelas
que estão na iniciativa privada, em locais de lojas e oficinas fixas. Mas diz
que, se tivesse que dar licença, que fosse em estande-padrão, e não em veículos
ou estandes como propõe o Substitutivo. Portanto, se me couber novamente
relatar, eu o farei da mesma maneira - pela rejeição. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, eu fico imaginando como seria
se uma pessoa chegasse aqui na Câmara agora e olhasse o painel; estão os
Partidos políticos ali denominados. Olhariam o DEM e diriam que é um Partido
liberal; vão olhar o PSDB, é um Partido socialdemocrata; vão olhar o PT, o
Partido dos Trabalhadores, então é um Partido socialista, assim por diante.
Agora, eu fico impressionado porque há pessoas aqui nesta Casa que se dizem
liberais, que são a favor da livre iniciativa e fazem Projetos com uma brutal
reserva de mercado. É impressionante! A lei que tratou da questão dos chaveiros
é um negócio escandaloso, porque foi aprovada num dia, dando, parece-me, dez ou
onze locais no Centro; no dia seguinte, devem ter esquecido o amigo de alguém e
aumentaram para doze. Gente, isso se chama escândalo! Limitaram o número de chaveiros
em “x” em Porto Alegre. Ora, como se uma cidade não crescesse! O Ver. Mauro
Pinheiro sabe que os chaveiros do Jardim Leopoldina não têm alvará, porque
aquela região da Cidade se expandiu com necessidades, mas tinha uma cláusula de
barreira, porque lá deveria ser o número 81 ou 82 ou 83. Convenhamos! Nós
fazermos uma legislação dizendo que é um número “x” de chaveiros em estandes?
Isso é um absurdo!
O
que nós temos que fazer é verificar se há condições técnicas, se não estorva,
fazer um processo de seleção - como acontece com as bancas de jornais -,
porque, se há demais, eles se inviabilizam. Quem fala aqui é um Vereador do PT,
que tem a compreensão de que não dá para legislar com reserva de mercado. Onde
está o liberalismo desta Casa? Ver. Braz, fico escandalizado ao ler esses
Projetos de Lei. A Verª Maristela Meneghetti, corretamente, tirou o número
mínimo, mas há, agora, chaveiros em mercados, supermercados. Inclusive eu quero
dizer ao Ver. Mauro Pinheiro, que é Presidente de uma rede importante de
minimercados, rede de cooperação: tenho certeza de que, quando um dos mercados
puder contemplar e tiver condições, vai colocar um chaveiro numa região
densamente povoada. É uma questão de mercado.
Nós
fizemos leis, no passado, aqui nesta Câmara para ajudar equivocadamente um
pequeno número de pessoas que estavam estabelecidas; à saúde de quê? De votos?
Não é assim que se trabalha uma Cidade, é um equivoco! Um equívoco! Então, eu
fico pasmo, é uma pena que hoje o Plenário esteja muito esvaziado, afinal de
contas houve...
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O
SR. ADELI SELL: O PT
está presente, como sempre. Estava ontem! Usaram manobra de Plenário, na
Extraordinária, para não dar quórum. Estava presente e se dá o direito de não
colocar presença numa Sessão Extraordinária porque a base do Governo não deu
quórum. É um direito que nós temos e vamos utilizar aqui enquanto nós pudermos!
(Palmas
da Bancada petista.)
O
SR. ADELI SELL: E tem
mais: quando nós quisermos fazer uma piadinha, como eu fiz agora, sobre o
liberalismo nesta Casa, vou fazer, porque a política se faz no Parlamento com a
palavra, com a discussão, com respeito ao adversário, mas sem perder a ternura
jamais! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Verª
Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadoras e Vereadores, vou dar um
aparte ao Ver. Todeschini, que tem um Projeto que está em discussão na Casa.
Não sei se V. Exª quer falar sobre seu Projeto - este é o momento do debate, e
é importante o aparte.
O
Sr. Carlos Todeschini:
Presidenta, obrigado; obrigado, meu caro companheiro Ver. Guilherme Barbosa. O
nosso Projeto é muito singelo, é uma iniciativa que surgiu de um grupo de
pessoas que nos procurou, porque existe aquela questão de as pessoas poderem
usufruir do benefício do desconto até o primeiro dia útil de cada ano novo, de
cada ano subseqüente, para ter direito a esse desconto. E o nosso Projeto
estende até o quinto dia útil a possibilidade desse benefício, porque a grande
maioria dos assalariados recebe até o quinto dia útil de cada mês. Portanto, o
nosso Projeto visa atender principalmente a esses que são trabalhadores
assalariados, para que não precisem recorrer aos bancos para poderem resgatar,
pagar antecipadamente, com o valor de desconto, essa possibilidade oferecida
todos os anos. Agradeço a V. Exª o aparte. É um Projeto importante porque
beneficia o conjunto dos trabalhadores assalariados da nossa Cidade. Muito
obrigado.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: De
nada, Vereador.
E
talvez haja um debate, no âmbito da CCJ, se seria um Projeto de iniciativa de
Vereador. Rigorosamente, não há, pelo Projeto de V. Exª, nenhum prejuízo ou
demora de arrecadação expressiva. Seriam dois ou três dias em alguns momentos,
no máximo quatro dias, quando o dia 1º cair em final de semana, feriado. É uma
idéia que não traz nenhum prejuízo e dá condições de muitas pessoas mais
fazerem o pagamento com desconto - o que interessa, Ver. Luiz Braz, à própria
Prefeitura. Eu acho que é uma idéia interessante, porque a Prefeitura, quando
arrecada mais cedo - é por isso que ela faz um abatimento, claro -, tem
vantagens. Então a idéia do Ver. Todeschini vai levar mais pessoas a usufruírem
do desconto, portanto acho que é interessante.
O
Sr. Luiz Braz: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Guilherme, dentro daquela
dúvida que V. Exª manifestou da tribuna, eu posso dizer que talvez eu seja um
dos Vereadores que mais estudaram essa possibilidade de termos iniciativas de
legislações tributárias, e, com toda certeza, os Vereadores hoje, os
Legislativos, podem iniciar essa tributação. Sou favorável ao Projeto que o
Ver. Todeschini apresenta, porque acredito que ele traz melhorias ao setor de
arrecadação.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: É
bom para muita gente, para muitos munícipes, e é bom para o Executivo
Municipal. Portanto, nossos cumprimentos ao Ver. Carlos Todeschini.
Há
um Projeto de autoria do Ver. Elói Guimarães que pretende conceder o Título
Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Coronel Irani Flôres de Siqueira. Eu
sou muito econômico e até hoje, em dez anos de atividade parlamentar, só
apresentei um Título homenageando uma pessoa, embora não negue a importância
muitas vezes, e é o caso desse Projeto. Quem já passou por esta Câmara conhece
o Coronel Irani Siqueira, que faz a relação entre o Comando Militar do Sul e as
Casas Parlamentares, não só a Câmara de Vereadores mas também a Assembléia
Legislativa, tanto no aspecto da relação pública propriamente dita quanto às
reivindicações, trazendo algumas questões. Votarei com muita alegria, porque o
Coronel Irani Siqueira merece o Título.
Por
último, rapidamente, refiro-me ao Projeto da Verª Maria Luiza - que é uma das
mais produtoras de Projetos, ela sempre tem idéias interessantes -, que
pretende fazer com que nos projetos habitacionais do DEMHAB, portanto moradia
popular, haja a possibilidade de instalação de sistema termossolares para
aquecimento de água nos projetos de construção. É interessante a idéia de
economizar energia, é uma operação depois barata para o próprio usuário. No
entanto, como já disse o Ver. João Antonio Dib, se o DEMHAB não colocar o
sistema, o que encareceria significativamente a moradia popular, o morador
jamais vai ter a condição de colocar - essa é a contradição que se estabelece
no Projeto. Se o DEMHAB não colocar, e é caro para o DEMHAB, o morador, que é de
baixa renda, não vai ter condições de colocar esse equipamento. É uma boa
idéia, mas eu acho que é de difícil operacionalidade.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos
o Requerimento, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, para representação no 16o
Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito na cidade de Maceió, do dia 1º de
outubro ao dia 05 de outubro.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu só queria responder ao Ver.
Adeli Sell que na Pauta se fala em Pauta e não em artimanhas de Plenário.
Com
muita honra quero falar do Projeto do Ver. Carlos Todeschini e dizer que
concordo com Vossa Excelência. O pagamento até o quinto dia útil de janeiro é
mais adequado do que no primeiro dia útil de janeiro, pois permite que as
pessoas façam uma previsão mais adequada, mais tranqüila. Não traz grande
prejuízo ao Município, embora a parte financeira seja afetada, evidente. Mas,
com dois ou três dias, não haverá maior problema. No meu entendimento, à
primeira vista, o seu Projeto vai beneficiar a comunidade, e olho com muito
carinho tudo que beneficia a comunidade e não traz prejuízo ao bem comum.
Também
em Pauta temos o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 194/06, Substitutivo de autoria
do Ver. Claudio Sebenelo, permitindo um maior número de licenças para as
serralharias de chaves, os confeccionadores de chaves. Há uma lei muito antiga
em Porto Alegre que estabelece um limite de oitenta alvarás para os postos que
elaboram chaves, que consertam fechaduras, e esses postos são uma forma de
geração de trabalho e de renda muito importantes para a nossa Cidade. Limitar
isso é como limitar o desenvolvimento da nossa Cidade. Hoje nós temos por volta
de oitenta bairros em Porto Alegre, então, seria um consertador de chaves por
bairro - é incrível, não tem cabimento!
Eu
só não entendo por que a Verª Maristela Meneghetti não pediu urgência para
votação do seu Projeto, porque conheço casos de chaveiros que aproximadamente
há vinte anos estavam estabelecidos - como um caso lá na Restinga, outro lá na
Av. Assis Brasil - e simplesmente foram fechados, porque a lei restringe a
apenas oitenta alvarás. É efetivamente um absurdo. É uma lei superada,
precisava de uma forte revisão. A Verª Maristela Meneghetti fez isso, só não
sei por que não pediu urgência, já que o seu Projeto é de 2006; o Ver. Sebenelo
estendeu essas licenças para o comércio ambulante em veículos ou stands padronizados para o conserto de
fechaduras, serralherias de chaves e despachantes ambulantes, dando outras
providências, ampliou. Claro, precisamos analisar esses Projetos para ver do
alto interesse da nossa Capital.
Afora
isso, o Ver. Nereu D’Avila denomina um logradouro, com o seu PLL nº161/07, de
Mário Jarros. É efetivamente uma homenagem a esse grande nome que deixou tão
boas realizações na nossa comunidade.
Estou
encaminhando dois Projetos: o PLL nº 196/07, que denomina a Praça Padre José
Kentenich, fundador de uma comunidade católica, e o PLL nº 201/07, que denomina
uma praça com o nome do Irmão Modesto Girotto, que foi por muitos anos
secretário na PUC, irmão marista muito querido no tempo em que eu era
universitário. Faz muito tempo, mas a lembrança é muito importante. Muito
obrigado, senhoras e senhores.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Vereadoras,
Vereadores, público que nos assiste, leio, dentro os Projetos que estão em
Pauta, outros tantos Projetos da Verª Maria Luiza e quero saudar a Vereadora
porque creio que ela possibilita a polêmica e discussão nesta Casa. Alguns
Projetos de sua autoria são viáveis, outros inviáveis, mas é importante que a
gente consiga discuti-los. Nós estamos no Parlamento, Ver. Adeli, e aqui é a
Casa do debate político.
Eu
quero falar sobre o PLCL nº 022/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, nosso
querido companheiro, o Vereador foi muito feliz com essa idéia. Na primeira
leitura que fiz, considerei a Ementa complicada, não entendi bem como se
viabilizaria, e agora o Projeto do Ver. Todeschini conta com o apoio da maioria
dos Vereadores desta Casa, inclusive dos nossos adversários políticos, porque
aqui se trata de fazer um bem para a cidade de Porto Alegre. Ele vai afetar
positivamente os munícipes, as pessoas que moram em Porto Alegre, os
trabalhadores, os assalariados e também vai beneficiar o Governo, porque vai
arrecadar mais quando tem a possibilidade de receber, em vez de no primeiro dia
útil do ano próximo ano, no quinto dia útil. Nós somos favoráveis a impostos,
desde que sejam bem devolvidos à população de Porto Alegre, e acho que o IPTU é
um Imposto sobre o qual não há mais dúvida a respeito da sua necessidade na
cidade de Porto Alegre.
O
Sr. Carlos Todeschini:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Agradeço a possibilidade
do aparte, nobre Vereadora e companheira Margarete Moraes. Esse Projeto, apesar
de ser muito simples, vai beneficiar um conjunto muito grande de trabalhadores
e assalariados, que são aquelas pessoas que têm dia fixo para receber, e não
vai prejudicar a Administração, ao contrário, vai possibilitar que mais pessoas
paguem o benefício, porque, no máximo, vão ser quatro dias úteis, quatros dias
em que vai haver o retardo, ou que vai haver, em tese, pelo menos, a
possibilidade do pagamento ou a arrecadação por parte da Prefeitura. Esses
quatro dias podem significar muito, porque muita gente vai se sentir estimulada
a pagar, porque não necessitará entrar no cheque especial ou recorrer ao
capital financeiro, aos bancos, tomar o empréstimo para, então, poder saldar
nesse curto período. É para facilitar a vida e melhorar a arrecadação da Cidade.
O Projeto é bom para os trabalhadores e é bom para a Cidade. Muito obrigado,
minha querida amiga Verª Margarete Moraes.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Cumprimento,
mais uma vez, o Ver. Carlos Todeschini.
E
quero me referir também, pela segunda vez, ao PLL nº 200/07, do Ver. Mario
Fraga, que torna obrigatória, nos concursos de todas as instituições do Governo
Municipal que, por acaso, tratem com criança e adolescente, a avaliação de
conhecimento sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, como uma defesa da
criança, do direito da criança de ser criança hoje, de ser adolescente feliz
amanhã e de ter um futuro muito melhor, com qualidade de vida.
Nós
tivemos uma lição, na última eleição, muitos conselheiros mereciam, farão um
belíssimo trabalho certamente, queremos parabenizá-los. Mas aconteceram fatos
que não honram a democracia da nossa Cidade - e nós queremos lamentar - nessa
última eleição dos conselheiros tutelares, com objetivos não muito claros em
relação ao bem das crianças e dos adolescentes. Então, é importante que se
estabeleça uma nova forma de nomearmos os conselheiros tutelares, que façamos
uma discussão coletiva nesta Casa e que, por enquanto, nos concursos internos,
nos concursos públicos da Prefeitura Municipal, esses conteúdos sejam valorizados.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRSIDENTA (Maria Celeste): Concluímos
o período de discussão preliminar de Pauta.
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste, na
pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta
Casa, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara. Senhoras e
senhores, venho a esta tribuna no período de Liderança do meu Partido, o PDT,
Bancada composta pelos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Ervino
Besson, Mario Fraga e por este Vereador.
Quero
fazer algumas observações e considerações a respeito da eleição de domingo
passado, em que ocorreram as eleições do Conselho Tutelar em Porto Alegre.
Primeiramente, quero dizer que existe todo um movimento e um engajamento do
atual Governo com as questões que priorizam a política e as políticas públicas
de juventude na nossa Cidade, acredito que ficou materializado, a partir da
Secretaria de Juventude, um movimento nesse sentido. Acho que nós tivemos ali,
a partir daquela data, daquele 18 de fevereiro de 2005, um “divisor de águas” a
respeito dessa ferramenta importante. E nós tivemos um movimento deste Governo,
que foi um movimento de reestruturação e de fortalecimento do Conselho Tutelar,
que passou a ter duas novas microrregiões e passou, também, a ser composto por
um número maior de conselheiros, inicialmente eram 40 e agora são 50
Conselheiros Tutelares em Porto Alegre, que são os responsáveis lá na ponta
pelo atendimento às crianças e aos adolescentes da nossa Capital.
Gostaria
de destacar aqui algumas das principais funções do Conselho: receber a
comunicação nos casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos e determinar as
medidas de proteção necessárias; determinar matrícula e freqüência obrigatória
em estabelecimento oficial de Ensino Fundamental, garantindo, assim, que
crianças e adolescentes tenham acesso à escola; requisitar certidões de
nascimento e óbito de crianças ou adolescentes, quando necessário; atender e
aconselhar pais ou responsáveis, aplicando medidas de encaminhamento a
programas de promoção à família, tratamento psicológico ou psiquiátrico,
tratamento de dependência química; orientar pais ou responsáveis para que
cumpram a obrigação de matricularem seus filhos no Ensino Fundamental,
acompanhando sua freqüência e aproveitamento escolar; requisitar serviços
públicos nas áreas de Saúde, Educação, Serviço Social, Previdência, Trabalho e
Segurança; encaminhar ao Ministério Público as infrações contra os direitos das
crianças e adolescentes que forem apontadas ou encontradas nas comunidades da
nossa Cidade.
E
quero dizer que o nosso Partido terá um grande compromisso junto a esse novo
Conselho, acho que nós todos temos um grande compromisso. A eleição do Conselho
Tutelar não é uma eleição partidária, ela é uma eleição de cunho social, mas
nós tivemos a grata satisfação de ter um número expressivo de companheiros
filiados ao nosso Partido, a quem a comunidade porto-alegrense confiou essa
responsabilidade de estarem zelando pelas crianças e adolescentes aqui na nossa
Capital. E é com muita alegria, muito orgulho que nós temos essas pessoas, que
estão ali enraizadas nos seio das suas comunidades, que tiveram esse respaldo
através do voto, foram eleitas para desempenhar essas e tantas outras funções
que são atribuídas aos conselheiros tutelares. Nós conseguimos eleger os cinco
primeiros conselheiros tutelares mais votados de Porto Alegre, que são pessoas
da comunidade, mas que têm filiação partidária no PDT, e isso nos conforta e
nos identifica com a comunidade, fazendo um elo com a questão trabalhista e com
todos os compromissos que remontam à questão da educação, que é uma prioridade,
uma bandeira que carregamos. Acreditamos que mais de vinte conselheiros
tutelares, eleitos entre os 50 conselheiros em Porto Alegre, têm identificação
ou simpatia pelo nosso Partido.
Isso
é, para nós, um motivo de grande orgulho, de grande alegria, pois, realmente, o
Partido se encontra com as suas bases, tendo na comunidade porto-alegrense o
carinho, o respeito e a confiança tanto comprovada na eleição, no resultado
eleitoral e, tenho certeza, no trabalho que será desempenhado por esses homens
e mulheres eleitos. E não só aos que têm simpatia pelo nosso Partido, mas a
todos os 50 conselheiros queremos desejar êxito nessa importante missão, nessa
importante função, nessa atribuição, que é a responsabilidade do Conselho
Tutelar aqui na capital dos gaúchos. Ficam essas considerações, mais o nosso
respeito e o nosso carinho em nome da Bancada do PDT nesta Casa. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, é impressionante o silêncio do Governo. Nenhuma
palavra foi dita sobre seus mil dias, a não ser “troquei de Partido, voltei”!
Essa é a única coisa que ficamos sabendo. Afinal de contas, o troca-troca é
comum neste País, esperamos que o Supremo coloque as coisas nos eixos, que nós
possamos ter, finalmente, Partidos que tenham seus componentes por ideologia e
não por oportunismo. Mil dias de desgoverno Fogaça, e aqui não tem Líder do
Governo, não sabemos mais quem dirige o Governo.
Hoje,
pelo menos, o Ver. Mario Fraga veio discutir, como tem feito, felizmente, qual
seria a pauta, nossa discussão e agenda, mas, na última Sessão, é bom que se
coloque, não houve quórum. Atenção imprensa porto-alegrense: não houve quórum
por que tem uma maioria do Governo responsável por isso. A Bancada do PT estava
aqui com os seus nove Vereadores. Na chamada da Ordem do Dia, sete Vereadores
deram presença, e, mesmo assim, não houve quórum. Na Extraordinária, nós
estávamos aqui e, propositadamente, como é do dever de um Parlamentar se
utilizar de todos os mecanismos, inclusive manobras regimentais, não demos o
quórum. Nós fizemos luta política, porque V. Exas, que são da base do Governo, cansaram de
nos massacrar. Nós os ajudamos a aprovar Projetos importantes para o Governo. Numa
segunda-feira, na Mesa, foi o Líder da oposição, Adeli Sell, do PT, que lembrou
à Liderança do Governo que havia um Projeto que tinha que ser aprovado naquela
semana, porque tinha que ter reunião das Comissões Conjuntas, para que houvesse
liberação do financiamento. Não culpem o PT! A Bancada do PT está aqui sempre,
atuante, vigilante. Se olharem o vídeo do dia de hoje, 04 de outubro, Dia
Mundial dos Animais, verão a Bancada do PT presente, atuante, vigilante,
demarcatória e sempre apontando os caminhos pelos quais Porto Alegre deve
caminhar para a sua sustentabilidade econômica e social, com a verdadeira
inclusão social.
Mas
o Governo é impressionante, não diz nada sobre o ônibus, no caso do Orçamento
Participativo - segunda-feira, vou trazer as fotografias -, pego na frente do
Liberato Salzano, carregando pessoas para a eleição do Conselho Tutelar. Também
não responde nada o Secretário Mauro Zacher. Eu aqui fiz uma grave denúncia
sobre o dinheiro federal que para cá veio, foram mais de 11 milhões para fazer
uma meia dúzia de cursos, cujo custo é mais de 11 mil reais, daria para fazer
um ph.D. na IFPM, um doutorado, um pós-doutorado, cursos para os quais as
pessoas ganharam uma bolsa, vale-transporte e merenda. E nós perguntamos
inclusive...
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. ADELI SELL: Não
estou atacando o PDT, porque o PDT que honra a tradição trabalhista de Leonel
Brizola, de João Goulart, nós nunca atacaremos, porque sempre tiveram ao lado
do povo, mas um Secretário que se nega a dizer quais as pessoas que tiveram
cursos, onde moram, quem foram os professores, qual a instituição que deu as
aulas eu vou cobrar. O povo gastou mais de 11 milhões de reais do Governo Lula
no ProJovem, nós temos o dever e a obrigação, Bins Ely, de exigir uma resposta.
Eu diria: viva o trabalhismo! Vivam aqueles que defenderam as reformas de base!
Mas todo o meu repúdio àqueles que calam diante das perguntas que o povo tem o
direito de fazer, e vou continuar fazendo. E quero chamar a Bancada do PDT, que
tem honrado a tradição trabalhista nesta Casa, a estar com a Bancada do PT.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, hoje é um dia muito
interessante na Câmara. O Ver. Márcio Bins Ely repete reiteradas vezes: “Eu sou
o mais jovem.” Eu tenho as minhas dúvidas de que ele seja o mais jovem aqui no
Plenário. A minha querida mãe um dia me chamou e disse: “Meu filho envelheça!
As pessoas inteligentes” - ela me disse - “acumulam juventude e não
envelhecem!” Eu acho que sou mais jovem que o Ver. Márcio Bins Ely. Eu não
queria proclamar isso, mas sou obrigado a fazer. E sei que outros aqui também
têm acumulado muita juventude e, acumulando juventude, usam a experiência,
também acumulada, com muita força. Então, é muito importante saber que a
experiência é extraordinária quando se sabe acumular juventude.
Mas,
por outro lado, o meu amigo Adeli Sell fez uma declaração que eu não esperava
que ele fizesse ali. Já começamos na segunda-feira, quando faltou quórum para
definir o Plano Plurianual e a Lei de Diretriz Orçamentária, e segunda-feira
era o último dia. O roteiro distribuído pela Diretoria Legislativa era dia 27 e
dia 1º. Segunda-feira, não sei por que cargas d’água, às 17h30min,
encerrou-se a Sessão. Ontem, na hora da primeira chamada, 18 Vereadores
responderam, registraram seus nomes no painel, e a Presidenta, no momento,
passado 1min40s, declarou falta de quórum; quatro minutos depois, segundo ela,
haveria uma nova convocação, aí sim haveria condições de votar o Plurianual e a
LDO, mas apenas 17 Vereadores registraram seus nomes no painel. Agora o meu
querido amigo Ver. Adeli Sell me diz que meia dúzia de Vereadores do PT não...
Eu vi que eles estavam aí, a Verª Margarete Moraes colocou seu nome no painel,
e os outros não colocaram. Agora, se eles tivessem colocado, teríamos votado
ontem, sim, o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Hoje parece que há 16 Projetos para serem votados
na Ordem do Dia; é brincar de Vereador! Temos que entregar para o Prefeito a
LDO, especialmente, e também o Plano Plurianual até o dia 10 para que ele, até
o dia 15, nos remeta o Orçamento para 2008. Mas antes de chegar às mãos do
Prefeito, vai voltar, depois de aprovado ou não aqui no Plenário, para a
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul fazer a redação final,
fazer os ajustes necessários para, então, devolver para as Diretorias
Administrativa e Legislativa. Aí será mandado ao Prefeito, que publicará no
Diário Oficial da Prefeitura. Portanto, ontem e segunda-feira a Câmara
desserviu à cidade de Porto Alegre. Devo dizer que os três Vereadores do PP -
Partido Progressista - estavam presentes, sem dúvida nenhuma, como sempre.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. MARIO FRAGA: Só para
esclarecer, principalmente para quem está nos assistindo: o Ver. Adeli chamou
atenção na TVCâmara de que ontem não houve quórum. Queria dizer que havia 18
Vereadores da base e seis Vereadores do PT que não deram presença neste
Plenário.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, quem
ouviu os discursos anteriores aqui desta tribuna pode chegar à conclusão de que
esta Casa é useira em não dar quórum, em não fazer Sessões. Nós já estamos
praticamente quase fechando o terceiro ano da Legislatura, e eu não me lembro
de alguma Sessão em que não tenhamos dado quórum para a realização da Ordem do
Dia. Eu acredito que sempre esta Casa, através dos seus Vereadores, acabou
realmente estabelecendo quórum para a Ordem do Dia. É claro que não se faz
nenhum favor se estabelecendo quórum, a obrigação do Vereador é vir para o
Plenário especialmente para a Ordem do Dia, para podermos votar aqui os
projetos tão importantes para a nossa Cidade. Agora, o que aconteceu ontem, eu
dizia para alguns Vereadores com os quais conversava, é que, no meu modo de
entender, a Bancada do Governo deveria ter reunido o quórum necessário para
estabelecer a Sessão e entrar na Ordem do Dia. Se temos 25 Vereadores na
Bancada do Governo - desses 25 Vereadores, apenas dois estavam em representação
-, eu acho que nós deveríamos ter tido aqui 19 Vereadores para fazer a Sessão.
Essa responsabilidade, num primeiro momento, é claro que não pode ser repassada
para os Vereadores de oposição.
Agora,
não concordo com o Ver. Adeli Sell quando ele diz que é um Projeto de
Orçamento, que é um Projeto bom para o Governo. Não. Quando nós votamos aqui o
Projeto de Orçamento, qualquer um deles, nessa trilogia do planejamento
orçamentário, que é o PPA, a LDO e depois o Projeto de Orçamento, estamos
votando aquilo que pensamos que é o melhor para a nossa sociedade. Por exemplo,
não votamos ontem infelizmente, mas acredito que hoje, quando estivermos
votando aqui, Ver. Haroldo de Souza, o PPA e a LDO, que são as modificações do
PPA... Quando a gente fala que está votando o PPA parece que estamos votando o
PPA agora, não é? Nós já votamos o PPA lá no início, no primeiro ano da gestão
Fogaça, agora estamos votando as alterações do PPA e mais a LDO, que vai
estabelecer as diretrizes para a votação do Orçamento no final do ano. Mas,
quando estivermos aqui fazendo essa votação, acho que cada um dos Vereadores
tem que ter a plena consciência de que está votando não para o Governo, mas
para a sociedade no geral, para que possamos realmente exercitar para o ano que
vem o melhor para a sociedade.
Hoje eu ouvia, Ver. Haroldo de Souza, a entrevista
do grupo do Governo do Estado que está lançando aquele pacote de medidas para
poder fazer frente aos grandes problemas que a Governadora Yeda está
enfrentando para administrar o Estado, ouvi aqui que um dos grandes problemas é
exatamente o pagamento da dívida. Então os Governos passados - todos, não foi
um só - acabaram estabelecendo um grande rombo, porque todo mundo que precisava
de recursos para fazer obras acabava indo lá buscar dinheiro. Esses problemas
nós não temos aqui, nós temos realmente um grau de endividamento muito pequeno.
Nós teríamos, vamos dizer, uma possibilidade de endividamento muito grande,
praticamente de 3 bilhões de reais, e o nosso endividamento é praticamente de
pouco mais de 200 ou 300 milhões. Então nós não devemos trabalhar com a ótica
de que temos que aumentar esse endividamento. Nós temos possibilidade de
endividar, mas não temos que aumentar esse endividamento, nós temos que o
manter mais ou menos nessas bases. Hoje eu vejo que um dos grandes problemas
enfrentados pelo Governo do Estado é que não sobra dinheiro para a Saúde, para
a Educação, para investimentos, exatamente porque o dinheiro que entra do
Estado é usado para pagar as dívidas que foram contraídas pelos Governos
passados, e desse mal não podemos realmente padecer aqui no nosso Município de
Porto Alegre. Nós devemos manter essa tranqüilidade de fazer com que o
Orçamento que se vota aqui seja um Orçamento bom para a sociedade, não para
derrubar Governo, não para dificultar Governo, mas, sim, para fazer com que a
nossa sociedade possa viver sempre dias melhores.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, quero primeiramente
agradecer ao Ver. Bernardino Vendruscolo, Líder do PMDB, e aos demais
Vereadores do PMDB a oportunidade de eu estar ocupando esta tribuna, falando
pela primeira vez em nome do PMDB.
Hoje
ouvi atentamente as diversas falas sobre a troca de Partidos. Quero dizer aos
colegas Vereadores e Vereadoras que não foi por acaso que fiz a minha filiação
ontem, porque ontem este Vereador já sabia que era o dia em que o Supremo iria
tomar sua decisão. E também sabemos que, quando sai a decisão do Supremo, não é
para um dia depois; quando sai essa decisão, ela está tomada. Por exemplo, se
hoje o Supremo decidir que a partir de amanhã ninguém mais troca de Partido,
que perde o mandato, realmente todos ficam no Partido pelo qual foram eleitos.
Agora, eu pergunto: ficará num Partido alguém que não gostaria de ficar?
Simplesmente por prazer? A política se faz com a questão ideológica, mas se faz
com retribuição, com conversa, com diálogo permanente. Todos nós, em
determinados momentos, já tivemos atitudes, já retrocedemos e avançamos.
Vou
ler o discurso que fiz ontem quando assinei ficha no PMDB. (Lê.) “Caros
companheiras e companheiros: viver é um eterno aprender, e, como educador que
sou, sei que aprendizagem requer disciplina, perseverança e abertura à mudança.
Como em nossas vidas estamos sempre aprendendo, temos que decidir o destino que
desejamos dar a ela o tempo todo. Toda mudança é difícil, dolorosa e requer
avaliação, julgamento e maturidade. Nesse momento importante da política
porto-alegrense, gaúcha - e por que não dizer? - nacional, tomei uma decisão
difícil, mas alentadora.
“Fui
sensibilizado pelo convite das principais Lideranças do PMDB para me somar aos
demais Vereadores dessa ilustre Bancada na luta por uma Porto Alegre sempre
melhor. Confesso que esse acolhimento, realizado de forma fraterna e uníssona,
me impulsiona a continuar com meus ideais socialistas, que acredito serem
fundamentais na construção de meus sonhos e nos sonhos daqueles que me apóiam
em busca de uma sociedade educada, fraterna, justa e mais igual. Com orgulho
passo a fazer parte do maior Partido do Brasil. O histórico MDB. Muitos podem
argumentar que o PMDB não é um Partido, mas uma frente com pensamento plural.
Mas aqueles que acreditam em um mundo melhor sabem que ele deve ser construído
em ‘rocha firme e não em areia’, como nos lembra a Bíblia. E, para tanto, são
necessárias estruturas plurais e que respeitem a diversidade de pensamentos e
credos. O mundo no qual vivemos é de diferenças, e nosso dever político e
social é equacioná-las e contribuir para que todos sejam ouvidos e contemplados
em seus sonhos e anseios. Sei que essa pluralidade presente na gênese do PMDB
faz dele um grande pólo irradiador de idéias para os demais Partidos do nosso
campo ideológico [...].
“Por entender que no PMDB perdura um forte ideal
democrático, reafirmo minha utopia, que continua viva e com mais razão de
existir. [...] Ao longo destes últimos dois anos, pude criar uma afinidade com
o Prefeito José Fogaça e quero continuar na luta do projeto político para a
construção de uma Porto Alegre melhor. [...]
“Agradeço à minha esposa, Rosa, pela paciência,
carinho, disponibilidade e bom senso ao me ouvir, dialogar e sugerir os novos
rumos políticos das nossas vidas. Saúdo também meus amigos e companheiros do
PPS, que junto comigo caminharam nos últimos dois anos, e espero poder manter
sempre as relações fraternas que sempre tivemos. Um forte e caloroso abraço a
cada militante do meu novo Partido, o PMDB, e tenham a certeza de que não
pouparei esforços na luta por justiça social e desenvolvimento para todos. Aos
meus amigos e companheiros desses vinte anos de atuação política - sim, pois
meus eleitores são, antes de tudo, colegas do meu mandato -, acredito que agora
poderemos viver juntos uma ampliação de nossos sonhos e uma possibilidade de
muitas realizações. Muito obrigado pela acolhida. Saibam que já me sinto em
casa.” Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
Em
votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa para a apreciação das
seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: PLE nº 017/07, Requerimento nº
124/07, PLE nº 016/07, PLL nº 143/07, Requerimento nº 119/07, Requerimento nº
121/07, PLCE nº 003/07, PR nº 060/07, PR nº 026/07, PLCL nº 001/00, PLCL nº
025/97, PLL nº 066/07, PLL nº 062/07, PR nº 035/07, PR nº 049/07, PR nº 055/07
e Requerimento s/nº da COSMAM.
Em
votação Requerimento solicitando que a apreciação das matérias seja feita na
ordem apresentada. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
VOTAÇÃO
(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 6195/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/07, que altera a Lei nº 9.814, de 29 de
agosto de 2005, alterada pela Lei nº 10.064, de 10 de outubro de 2006, que
dispõe sobre o Plano Plurianual 2006-2009 e dá outras providências. Com Mensagem Retificativa e Emendas nos
04, 06 e 07. Emendas nºs 01, 02, 03 e 05 ao Projeto.
Parecer:
- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib:
a) pela rejeição do Projeto original e pela
rejeição das Emendas nºs 01, 02, 03 e 05 ao Projeto;
b) pela aprovação da Mensagem Retificativa e das Emendas nºs 04,
06 e 07.
Observações:
- o Projeto será votado com as Emendas
com Parecer pela aprovação, nos termos do
Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda
com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento nesse
sentido, subscrito por um terço dos membros da Casa – Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- após aprovação de Parecer na CEFOR e
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do
regimento);
-
para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta
dos Vereadores – Art. 53, “caput”, c/c Art. 82, “caput”, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 01-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PLE nº 017/07. O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 017/07.
O
SR. ADELI SELL: Mui
digna Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; colegas Vereadoras,
Vereadores, senhoras e senhores, a Bancada do Partido dos Trabalhadores -
Vereadora-Presidenta Maria Celeste, Verª Margarete Moraes, Ver. Carlos
Todeschini, Ver. Carlos Comassetto, Ver. Guilherme Barbosa, Ver. Mauro
Pinheiro, Ver. Marcelo Danéris e este Líder, Ver. Adeli Sell - está aqui
presente e estava ontem o tempo inteiro. Se não houve quórum, não foi por causa
da Bancada do PT, foi pela ausência de vários dos 26 Vereadores da base do
Governo. Agora, quando nós iniciamos, houve 23 das 36 presenças, e, se não
fossem as nossas presenças, mais uma vez o Governo seria incapaz de dar quórum
para votar o Plurianual. Plurianual esse, Ver. Guilherme, que veio para cá
eivado de erros, é uma vergonha que um Governo faça isso com quatro Mensagens
Retificativas e, ainda assim, com problemas.
Até
há pouco, estava aqui no plenário a representação da Associação Porto Seco,
cujos empresários, empreendedores e moradores da região sabem muito bem, Ver.
Mauro Pinheiro, Ver. Marcelo Danéris e Verª Maria Celeste, que lá reside, da
importância para a população. E eu tenho a grandeza de reconhecer aqui...
Lastimo, Ver. João Dib, apesar de todos os esforços do meu Governo, das
melhorias que fez no Porto Seco, do processo que pessoalmente capitaneei,
dirigi e consegui realizar - com o Ver. Barbosa, que era Secretário de Obras, e
com outros Secretários -, que é a legalização dos terrenos, da venda dos
terrenos, mudanças que tiveram que ser feitas... Mas é preciso dizer que não
querer colocar no Plano Plurianual a questão do Acesso Norte é de uma miopia,
de uma pequenez sem precedentes.
Ouvindo
aqui a Bancada do PTB há pouco, eles me diziam que tinham uma sensibilidade
pró-aceitação da Emenda. Eu sei que essa Emenda sensibiliza a Bancada Dib,
Nedel e Professor Newton Braga Rosa. Sei também que vários Parlamentares do PDT
têm simpatia pela Emenda, e acho que isso é importante. Infelizmente os outros
não consegui consultar, mas creio que o Ver. Braz, por ter acompanhado por anos
a Comissão de Economia, provavelmente esteja sensibilizado também por essa
questão, porque não se trata de uma obrigação terminativa do tipo: “Se não
fizer no ano que vem, vai ter processo no Tribunal de Contas!” Não! Nós,
inclusive - gravado no Plurianual -, vamos nos comprometer com a base do
Governo, se necessário for, chamar gente do Governo Federal, conversar com o
Ministro Guido Mantega, para que possamos colocar dinheiro do Plano de
Aceleração do Crescimento nessas obras. Há pouco o Superintendente da Trensurb,
Humberto Kasper, nosso ex-Secretário de Transportes, esteve aqui solicitando
que esta Câmara se mobilize, inclusive a Secretária marcou uma reunião de trabalho
amanhã, às 11h30min, no seu gabinete, ele está convidando as Lideranças, para
que possamos nos somar na Audiência Pública que haverá em Santa Catarina, para
conquistar essa questão. Queremos também conquistar o Acesso Norte, queremos,
portanto, conquistar essas questões que são fundamentais para o desenvolvimento
de Porto Alegre. Desculpe-me a base do Governo, mas eu prefiro ser duro e
sincero a me omitir nessa questão. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
017/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu tive a honra de ser o
Relator desse Projeto de Lei do Executivo que faz alterações no Plano
Plurianual. Com a sinceridade que me caracteriza, avisei, durante a discussão
de Pauta, que a minha inclinação era por rejeitar todas as Emendas. E fazia um
apelo aos meus nobres colegas: que fossem parcimoniosos na apresentação de
Emendas. Na realidade, eles atenderam à minha solicitação, e quatro Emendas
apenas foram apresentadas - três são de Relatores, sendo que uma delas é de
todos os integrantes da Comissão de Finanças. E a outras duas, as Emendas nºs
06 e 07, são do Relator visando ajustar a redação que veio para a Casa em
condições difíceis.
Estudada
a questão na Comissão de Finanças, nós resolvemos fazer uma Emenda de Relator e
a ajustamos até com o entendimento do Executivo. Rejeitei, sim, as Emendas,
como eu havia dito que faria. No entanto, nada obsta que, agora que está sendo
solicitado um destaque para a Emenda que trata do Porto Seco, que ela seja
aprovada no Plenário; nada em contrário. Até porque, mesmo que não fosse
aprovada a Emenda em Plenário, o Plano Plurianual ainda admite a execução da
obra solicitada.
Portanto,
acho que nós podemos votar com tranqüilidade, sem nenhum problema, não há
dificuldades... Eu tenho que cumprimentar os Vereadores, que, pela primeira
vez, apresentaram apenas quatro Emendas. Eu acho que nós podemos votar por
unanimidade e depois discutir o destaque apresentado. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, o PLE nº 017/07. (Pausa.)
(Após
a apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM e 07 votos NÃO o Projeto, com a Mensagem Retificativa e as Emendas nºs 04, 06 e 07.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Questão de Ordem): E a Emenda
destacada?
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): Não há Emenda
destacada no Plano Plurianual.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Há uma Emenda
destacada, sim.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Segundo a
Diretoria Legislativa, a Emenda foi prejudicada pela Mensagem Retificativa, por
isso não houve parecer favorável ao destaque.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Como é que é?
A SRA.
PRESIDENTA (Maria Celeste): Não coube autorização para o destaque.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de
Ordem): Srª Presidenta,
se foi solicitado destaque por 12 Vereadores, não há o que negar. Ela tem
parecer negativo, sim, eu até, no encaminhamento, disse que havia rejeitado
todas, mas não haveria contrariedade se quisessem aprovar o destaque, que é a
Emenda, justamente, de Vossa Excelência.
O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): Nós fizemos um destaque para a
Emenda do Acesso Norte. Com essa confusão de uma Mensagem Retificativa após a
outra, desculpe-me, mas é impossível aceitar que não possamos votar essa
Emenda, porque ela foi colocada naquele momento em que tínhamos um texto. Se o
Governo é incompetente, mandando quatro Mensagens Retificativas, nós, que
fizemos a Emenda, não temos culpa.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Vamos colocar as coisas em ordem: o Governo não mandou
quatro Mensagens Retificativas, mandou apenas uma. O Relator apresentou duas
Emendas de redação, e foi só. Agora, o destaque foi pedido, tanto quanto sei. E
eu não tenho contrariedade à que a Emenda rejeitada venha a ser aprovada pelo
Plenário, que é soberano.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Estou localizando a Emenda e o teor da Emenda para verificar qual o problema.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem):
Uma dúvida também com relação à votação, Srª Presidenta. É que nós aprovamos de
acordo com o Parecer do Ver. João Dib, que era pela rejeição do Projeto e pela
aprovação da Mensagem Retificativa. A Mensagem Retificativa é, na verdade, uma
Emenda, então não entendo como é que nós, rejeitando o Projeto, aprovamos a
Emenda. E, mesmo que a Mensagem Retificativa for tida como uma Emenda
Substitutiva, nesse caso nós teríamos que votar primeiramente a Emenda
Substitutiva, mas ela é tida como Emenda. Então, teríamos que aprovar
primeiramente o Projeto para poder aprovar a Mensagem Retificativa. Fiquei em
dúvida com relação a esse item, Vereadora-Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Ver. Luiz Braz, nós votamos o Projeto com a Mensagem Retificativa e as Emendas
aprovadas pelo Parecer. Foi essa a votação que fizemos.
O
SR. LUIZ BRAZ: Não se
votou o Parecer, votou-se o Projeto. Está certo.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Votamos o Projeto com a Mensagem Retificativa e as Emendas nºs 04, 06 e 07, com
Parecer favorável a essa indicação da votação.
O
SR. LUIZ BRAZ: Muito
embora a indicação do Ver. João Dib fosse pela rejeição do Projeto, o que V.
Exª colocou foi...
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Nós votamos o Projeto com a Mensagem Retificativa.
O
SR. LUIZ BRAZ: Está
certo. Obrigado.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Emenda nº 01, encaminhada como destaque, é a Emenda da Receita Saúde do
Hospital Geral da Restinga. Essa Emenda apresentou problema técnico, porque
veio reformada na Mensagem Retificativa e não houve indicação da rubrica. Por
isso, a Diretora Legislativa encaminhou inclusive em tempo hábil a argumentação
contrária à proposição do destaque, o que é de praxe nesta Casa.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, não vi acontecer isso na Casa. Se há doze Vereadores, se um
terço pede destaque, eu acho que não há o que duvidar: tem que ser colocado o
destaque. Veja V. Exª que estou falando até contra o meu próprio Parecer, até
porque eu entendo que, mesmo não aprovando a Emenda destacada, se pode
construir o Acesso Norte sem nenhum problema, mas seria mais claro, segundo os
doze Vereadores que assinaram o destaque.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Suspendo a Sessão por dois minutos para verificar problema técnico.
(Suspendem-se
os trabalhos às 17h46min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h56min): Estão reabertos os trabalhos.
Conforme
entendimento com as Lideranças, Ver. João Antonio Dib, e tendo o acordo de
todas as Lideranças e o seu Parecer já favorável, estamos encaminhando a
votação das quatro Emendas que foram rejeitadas.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 017/07, que é o Programa Receita Saúde, ação
Hospital Geral da Restinga, de autoria do Ver. Marcelo Danéris. O Ver. Marcelo
Danéris está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01 ao PLE nº
017/07.
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Srª
Presidente, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e público que nos acompanha
pela TVCâmara, o Plurianual - o Ver. Dr. Goulart estava me perguntando aqui
sobre a Emenda - coloca as metas para gestão em todas as áreas. A meta Hospital
da Restinga é para a gestão; a gestão pode buscar essa meta, Ver. Dr. Goulart,
de várias formas: pelo convênio, por parcerias, como achar melhor. Ver.
Bernardino, como achar melhor. Mas, ao retirar do Plurianual, o que foi que
aconteceu? Sumiu dali o Hospital da Restinga. Nem o Governo, nem a Câmara de
Vereadores têm justificativa, sequer como meta, de que o Hospital da Restinga
possa ser construído na Restinga.
Alguns
Vereadores vieram aqui, Verª Margarete Moraes, e me disseram assim: “Não, mas
não se constrói hospital do dia para noite, uma proposta que existe desde o
nosso Governo.” Claro, não se está dizendo que se vai construir, Ver. Dib, um
hospital de uma hora para outra, não vai. Hospital é uma coisa complexa, há
recursos envolvidos, tem que fazer parcerias, tudo isso. O Plurianual não diz
que o Governo tem que construir com os seus recursos, não diz isso. Diz apenas
que é meta da gestão a construção do Hospital da Restinga, inclusive até 2009,
que é o caso do Plurianual. Deixar lá como meta não obriga o Governo a
construir com os seus recursos amanhã, é óbvio que não! Mas é uma meta que fica
colocada para o Governo perseguir, para tentar fazer parcerias, viabilizar os
recursos, negociar com o Ministério da Saúde, buscar captação de financeira
estrangeira, o que for necessário.
Agora,
nós não vamos deixar nem que fique como meta? Eu não entendo isso como uma
justificativa. Fica lá a meta, o Governo poderá cumprir ou não. Se o Governo
não cumprir, aí a oposição vai falar uma coisa, a situação vai falar outra,
temos eleições, tudo isso. Se o Governo cumprir, tanto melhor. Agora, nós
retirarmos a meta, Ver. Sebastião, que também debateu o assunto, não tem
justificativa. Pode estar lá, o Governo pode buscar as formas necessárias para
alcançar essa meta, como já disse aqui. Na nossa gestão, buscávamos parceria
com a Ulbra, com o Ministério da Saúde e assim por diante. As parcerias, as
formas, as variáveis para alcançar a meta são de responsabilidade de cada
gestão.
Quero
reafirmar que é importante a Câmara de Vereadores, ao discutir o Plano
Plurianual, manter o Hospital da Restinga como meta. Não tem como olharmos a
população da Restinga e dizer que nem nós colocamos no Plano Plurianual o
Hospital da Restinga, que é uma meta pelo menos dos Vereadores. Os Vereadores
também podem agir para cumprir essa meta. Podem. Podem discutir com o Ministério
da Saúde, podem buscar recursos, há “n” formas de agir. A Emenda só garante a
meta, não obriga a gastar, não define recursos, não diz como tem que ser, não
diz nada disso. Ela só garante que isso será uma meta para os próximos dois
anos. Acho que é razoável, estava no programa do Governo Fogaça, estava no
nosso programa de Governo, estava como uma meta da população de Porto Alegre.
Nós, como Vereadores e Vereadoras de Porto Alegre, temos de manter essa meta.
Ela é razoável e dialoga com uma necessidade da Cidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
01 ao PLE nº 017/07.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero aqui fazer uma reflexão coletiva não só
com os companheiros da base, mas também com a própria oposição. O Plano
Plurianual é uma carta de intenções. Correto, Vereador? O Prefeito, com a
Mensagem Retificativa, agregou algumas coisas e alterou outras do Plano
Plurianual originário; só que, nessa lógica, Ver. Wilton, o Governo indicou a
fonte recursal das modificações que quer fazer e das inclusões que quer fazer.
Nenhuma das Emendas acordadas e destacadas indica a fonte; se não é indicada a
fonte, há um erro técnico. Então, quero fazer um apelo para que essas Emendas,
Ver. Nereu, possam ser rejeitadas, porque se estaria dando um tiro no pé, não
tem lógica.
Eu
vou pegar o caso específico do Hospital da Restinga. Olha, senhores, todos aqui
são Vereadores experientes, sabem que houve um convênio com a Ulbra, mas que,
num determinado momento, a Ulbra saiu fora e entrou o Hospital Moinhos de
Vento. O desejo de ter um hospital não é só da Restinga, é também de outras
regiões, mas a Restinga, por todo o seu histórico, por todo o seu acúmulo, por
todas as suas demandas... Agora, nós sabemos que é absolutamente inviável, do
ponto de vista de recursos públicos, a construção de um hospital na Restinga.
Então, criar essa expectativa através de uma Emenda ao Plurianual... Acho que
essa é uma construção, Ver. Elói, que deve ser feita ao longo de um processo.
Mas
volto à questão fulcral: o Ver. João Dib, Relator da matéria, rejeitou as
Emendas; o diligente Ver. João Dib, o atento Ver. João Dib rejeitou essas Emendas
de plano e recomendou a aprovação de outras Emendas. A Comissão de Economia,
que é composta por Vereadores experientes...E agora, está bem, vêm à votação.
Eu acho que nós temos a LDO pela frente, e na LDO dá para nós trabalharmos essa
questão. Então, acho que não é pelo mérito. Como é que eu vou ser contra o
mérito do Acesso Norte do Porto Seco? Quem é que vai ser contra? Mas os
senhores sabem quanto é que custa essa obra? Essa obra custa alguns milhões de
reais, porque há centenas de desapropriações para serem feitas. Sei que o Sr.
Prefeito esteve lá; a Presidenta Maria Celeste estava na reunião, inclusive foi
sugerido... Porém essa construção depende, na minha avaliação, Presidenta, e V.
Exª representa a Cidade e tem uma ligação muito forte com o Porto Seco, com a
Zona Norte, nós seremos os primeiros a ajudá-la...
Portanto,
o razoável é rejeitarmos as Emendas, seguir a orientação do Relator da matéria,
seguir a orientação da CEFOR, porque assim está colocado. Essa é a
nossa manifestação na expectativa de que a gente possa, com certeza, continuar
o diálogo. Mas aprovar essas Emendas neste momento não é a melhor recomendação
legislativa, por quê? Porque elas não indicam as fontes pelas quais devem ser
custeadas as obras. Se não indicam, como vou fazer o Acesso Norte? Quantos
milhões a obra vai custar? Há estudo técnico, há viabilidade? Não, isso depende
de um procedimento, razão pela qual sustento que as Emendas, no seu conjunto,
devem ser rejeitadas. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01
ao PLE nº 017/07.
O
SR. DR. GOULART: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, espero que os Vereadores mais
experientes e os mais envolvidos com a lide jurídica possam resolver este
imbróglio: se votam ou se não votam. Mas, uma vez em votação, tenho que me
reportar ao mérito, e o mérito é o esquecido e abandonado Hospital da Restinga,
um desejo daquela comunidade, que é quase uma cidade; a Restinga é praticamente
uma cidade. Se houvesse um suporte industrial e comercial mais forte, poderia
ser até uma cidade. A sua característica de bairro-cidade requer que lá se
levante um hospital geral com uma maternidade à disposição daquelas mulheres.
Porque não pode uma mulher sair desesperada, em carreira, em carro da Polícia,
em táxi ou carro próprio - o que é mais perigoso ainda -, correndo para ganhar
o nenê, quase o ganhando pelo caminho. Se o nenê está em sofrimento fetal, como
é que vai chegar ao primeiro hospital aqui do Centro?
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e
senhoras, eu quero dialogar principalmente em relação à intervenção do colega
Ver. Sebastião Melo, creio que nós podemos construir aqui, com muita
tranqüilidade, um entendimento sobre essa Emenda, Ver. Sebastião Melo, porque
esse processo é um processo que já foi construído na política, já foi
construído na técnica, já foi construído na relação comunitária. Nós negociamos
aqui, em 2005, Ver. Danéris, quando veio o Plano Plurianual, essa Emenda,
porque ela não tinha vindo originalmente no Plano Plurianual, nós aprovamos
nesta Casa, por unanimidade, a meta no Plano Plurianual de desenvolver o
projeto do Hospital da Restinga e do Sistema Integrado da Restinga e
Extremo-Sul, que significa, Dr. Goulart, lá fazermos o Hospital-Escola
Maternidade e o conjunto dos PSFs. Portanto, nós aprovamos aqui nesta Casa -
Ver. Nereu, V. Exª dialoga com a Restinga, tem uma relação forte lá -, esse
processo, esse projeto, inclusive o próprio Prefeito anunciou há poucos dias a
intenção de trocar a área onde se situaria o Hospital da Restinga. Há um
entendimento nosso de que a vontade política existe para que o projeto se
instale, portanto mantermos ele no Plano Plurianual significa uma retificação
política desta Casa e da cidade de Porto Alegre com um projeto que é muito
caro, um projeto que é muito cobrado pela Cidade.
E, aí, eu quero dizer um pouco mais aqui, Srª
Presidenta: eu, o Ver. Nedel e a Verª Neuza estivemos lá na comemoração dos 80
anos do Hospital Moinhos de Vento, e o que disse seu Diretor-Geral? “A nossa
instituição está pronta para iniciar o projeto do Hospital da Restinga e dos
Postos de Saúde da Família, inclusive temos recurso orientado para isso”. Meta
significa fazermos esse processo andar. Para informação dos senhores e das
senhoras, esses projetos arquitetônicos estão todos prontos dentro da SMOV, e
uma das metas pode ser aprovar os projetos que estão prontos.
Trago
aqui o Orçamento de 2007, e gostaria que a Câmara mostrasse (Exibe o
documento.), em que aprovamos nesta Casa 450 mil reais, Ver. João Antonio Dib,
para investir no processo do Hospital da Restinga. O que o Ministério Público
determinou, Dr. Goulart, com relação aos 450 mil do ano de 2006? Que o
Executivo construa dois PSFs na região, um na Vila Castelo e outro no Chapéu do
Sol - com o Orçamento de 2006 -, e certamente ele vai orientar no sentido de
que o recurso de 2007 também seja destinado aos PSFs, até dar início da obra do
prédio do Hospital da Restinga.
Portanto,
trago aqui, em nome da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, o
entendimento de que esta Casa, simplesmente, tem que ratificar uma decisão política,
um desejo político da Cidade, para que esse projeto fique entre as prioridades
políticas da cidade de Porto Alegre. E eu quero registrar aqui, Ver. Sebastião
Melo e Ver. Todeschini: nós temos ouvido o Prefeito, na Restinga, dizer que o
Hospital é uma prioridade e que será construído. Nós acreditamos nessa fala
política. Mas, se o Plano vem para a Câmara, e, por alguma razão, o Hospital
não está colocado como meta para o próximo ano, ao iniciar esse processo, é
papel nosso recolocar isso na Ordem do Dia, para que possamos discutir e
aprovar isso, que é um anseio da Cidade. Não há nenhum prejuízo de ordem
econômica ou de ordem política. Para concluir, Srª Presidenta e Ver. João
Antonio Dib: agora, quando formos discutir o Orçamento, bem, nós vamos discutir
se virá recurso ou se vamos colocar ou não recurso para esse projeto. Portanto,
essa é uma decisão... Creio que esta Câmara tem que manter a decisão e a
orientação geral da Cidade, para que esse projeto tão nobre para a Cidade possa
ficar apontado como uma das orientações desta gestão. Muito obrigado, senhores
e senhoras.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Sr. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 01 ao
PLE nº 017/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Verª
Maria Celeste, Presidenta desta Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Orçamento deve ser
encarado como algo muito sério. Sempre que nós colocamos números, metas, ações,
programas dentro do Orçamento, desde o PPA, a LDO até o Projeto do Orçamento, nós
devemos, realmente, votar com muita consciência cada um desses itens, porque,
afinal de contas, é através desse planejamento que vamos nos balizar para fazer
os investimentos futuros.
Ora,
com toda a certeza, o Município de Porto Alegre, com relação à Restinga,
cumpriu o seu trato, pois o trato do Município de Porto Alegre com a Restinga,
em relação ao Hospital, era oferecer a área, e o Município
ofereceu a área para que o Hospital fosse construído. Ver. Carlos Comassetto,
existe uma tese de que se deve colocar na meta a possibilidade de investimento
para a construção do Hospital. Ora, se o Município fizer isso, ele vai estar se
comprometendo a dar um dinheiro que não possui, a fazer um investimento que, na
verdade, não é seu; o investimento é da Ulbra, que se comprometeu, ou é do
Hospital Moinhos de Vento, ou do Governo Federal. O investimento não deve ter a
chancela, a marca do dinheiro do Município. O Município entrou com a sua
parcela, o Município deu como parcela exatamente a área onde deve ser construído
o Hospital.
Agora, não se pode causar uma confusão na cabeça do
cidadão, Ver. João Dib, dizendo que o Município está falhando com a sociedade,
falhando com a Restinga, como é o caso do discurso que está sendo feito, porque
não está colocando neste Planejamento Orçamentário que a meta do Município é
construir um hospital. Ora, o Município está contribuindo para que o Hospital
seja construído, mas acontece que aí vai depender da sociedade, dos Partidos
políticos, de todos nós, para que possamos fazer pressão a fim de que quem tem
que colocar os recursos para a construção desse Hospital coloque esses
recursos. Em relação ao dinheiro, às verbas do Município, àquilo que o
Município tem de recursos, quero dizer que já sobra muito pouco para se fazer
investimentos em áreas que são também extremamente prioritárias para que o
cidadão possa ter uma vida um pouco melhor. Como é, Ver. Dr. Goulart, V. Exª é
médico, que nós vamos colocar ainda mais recursos numa área que o compromisso
quem estabeleceu foi uma outra instituição? Uma instituição privada fez um
acordo com o Município, e o Município cumpriu a sua parte. Agora é a vez da
Ulbra, do Governo Federal, do Hospital Moinhos de Vento, das outras
instituições, que elas coloquem lá os seus recursos a fim de que a Restinga
possa receber o Hospital.
Todos nós queremos que não só a Restinga, mas todas
as outras partes da Cidade possam ser bem atendidas no campo da Saúde. E eu
lembro quando a Ulbra estava lá atendendo, o atendimento da Ulbra dava
realmente muita tranqüilidade para aquelas pessoas. Infelizmente não é mais a
Ulbra já há algum tempo, é o Hospital Moinhos de Vento. Então, comprometeram-se
a construir um hospital, e o Município cumpriu a sua parte, agora o Moinhos de
Vento que cumpra com a sua parte, e o Governo Federal também, que cumpra com a
sua parte. Então, eu acho que temos que rejeitar a Emenda, Ver. João Antonio
Dib, porque, afinal de contas, ela só causará mais complicações, aprovada
agora, neste estágio de planejamento.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, por solicitação do Ver. Marcelo Danéris, a Emenda nº 01 ao PLE nº
017/07. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA a Emenda por 20 votos SIM e
09 votos NÃO.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, eu queria fazer um reparo. Há um voto a
menos aprovando, porque a Presidente não vota.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): É
maioria simples, V. Exª tem toda a razão, Vereador; agora me dei conta disso.
Consulto
a Diretoria Legislativa se temos que refazer a votação ou se podemos apenas
retirar o voto. (Pausa.) Retiro o voto. A Emenda nº 01 ao PLE nº 017/07 está APROVADA
por 19 votos SIM e 09 votos NÃO.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, eu apenas quero fazer um registro. Vossa Excelência já me disse,
mas não sei se é do conhecimento dos Srs. Vereadores que a única Emenda que foi
destacada com 12 assinaturas é essa Emenda que nós votamos. As outras Emendas
não foram destacas porque a Diretoria Legislativa orientou que todas continham
erro técnico. Então, quero registrar isso, porque a Presidenta acho que tomou
uma decisão correta do ponto de vista de que votamos a que está destacada, e as
outras não foram destacadas porque houve uma orientação técnica, mas quero
dizer que há, do ponto de vista legislativo, essa questão. Quer dizer: as
outras Emendas não têm destaque. Então, temos que enfrentar isso agora,
resolver, não estou dizendo sim, não estou dizendo não, mas tenho que registrar
a questão.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver.
Sebastião Melo, para orientar o Plenário: esse foi um acordo feito com os
Líderes quando dessa dificuldade. O Ver. João Dib colocou a questão do
destaque, as demais Emendas não têm destaques, as assinaturas, exatamente
porque a orientação da Diretora Legislativa foi no mesmo sentido da primeira,
que foi coletar as assinaturas e colocar no Processo. Portanto, isso foi um
critério adotado anteriormente com as Lideranças, de que, se votássemos e
abríssemos o precedente para a primeira, abriríamos para as outras quatro que
estão aqui para votação.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, eu coloquei aqui o seguinte: o art. 179 do Regimento Interno,
parágrafo 1º, diz que, se houver o número suficiente de assinatura para o
destaque, ele é aceito de plano pela Presidência. Se todas as quatro Emendas
têm pedidos de destaque, tudo bem! Agora, se não têm, acho que não se pode
votar! Eu entendi que só uma tinha o destaque, a Emenda nº 03; mas, se não tem
destaque, acho que não pode votar!
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Ver. João Antonio Dib, o senhor está me criando mais um impasse no plenário,
porque essa combinação foi feita com a Mesa e as Lideranças quando concordamos
em votar as quatro Emendas. Eu fui muito clara na orientação aqui com as
Lideranças. Portanto suspendo a Sessão e chamo as Lideranças novamente.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h26min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 18h32min): Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, não temos a pretensão aqui de fazer brilhatura,
mas gostaríamos de ponderar aspectos, reputo, fundamentais para o desenlace da
presente questão.
Nós
votamos o Projeto e a Mensagem Retificativa e aprovamos. Posteriormente, Srª
Presidenta, questiona-se, vem à discussão pelas Lideranças e decide-se submeter
todas as Emendas à votação. Parece-me que é aqui que nós temos que trabalhar,
exatamente na questão de defender o Regimento, a legalidade da Casa. No
primeiro aspecto é possível, sim, tratava-se de um equívoco formal, procedimental,
processual. Então há a possibilidade de acordo das Lideranças. Foi a primeira
Emenda, havia as doze assinaturas, logo houve o destaque. Houve um equívoco,
mas, por acordo de Lideranças, recuperou-se esse equívoco. Perfeito. Só que as
três restantes Emendas, veja V. Exª, não reuniam as condições procedimentais
para se votar. Não houve destaque, e, como tal, não podem as Lideranças e a
Mesa reformar pelo acordo, absolutamente. É uma questão substancial. Não pode
reformar o acordo de Lideranças uma questão substancial. Uma formalidade, sim,
como foi feito com a primeira; para as demais, está inexoravelmente encerrado o
processo. Não há como recuperar do ponto de vista da validade jurídica.
Obrigado.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, acho que a questão é mais grave do que se supunha. Na verdade, se a
Mensagem Retificativa chegou como Substitutivo ao Projeto, é do nosso Regimento
que as Emendas fossem feitas à Mensagem Retificativa. E, aí, V. Exª coloca que
a Mensagem Retificativa chegou quando não havia mais prazo para se colocar as
Emendas. Ora, as Emendas se referem ao Projeto; as Emendas não se referem à
Mensagem Retificativa. Acredito eu, Srª Presidenta, que mesmo a primeira
Emenda, que nós votamos e que também não era Emenda à Mensagem Retificativa,
vai ter que novamente ser submetida, porque ela, na verdade, não existe. As
Emendas que poderiam existir seriam Emendas à Mensagem Retificativa, não
Emendas ao Projeto, porque não foi o Projeto o aprovado, o aprovado foi a
Mensagem Retificativa.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Nós votamos o
Projeto e a Mensagem Retificativa.
O SR. LUIZ BRAZ: Acontece que a Mensagem
Retificativa, Srª Presidenta - e está bem claro, está explícito -, chegou como
Substitutivo; a Mensagem Retificativa não chegou simplesmente como uma Emenda,
ela chegou como um Substitutivo. E, como Substitutivo, ela deveria receber as
suas próprias Emendas para ser modificada. E o que aconteceu é que as Emendas
foram colocadas ao Projeto, e não à Mensagem Retificativa. Nesse caso, eu
acredito que nenhuma das Emendas - nenhuma das Emendas - deveria ter validade.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, há uma confusão. Eu acho que o Executivo andou mal quando colocou
na sua Exposição de Motivos, na tal de Mensagem Retificativa... Ela não
retifica nada, ela é uma mensagem que esclarece. O Projeto de Lei e alteração
são a mesma coisa. No primeiro diz que ficam incluídas ações alteradas, mas não
diz onde. Aí ele apenas diz que ficam incluídas as ações alteradas na Lei nº
9.914, de 29 de agosto de 2005, alterada pela Lei... É a mesma coisa, não houve
mudança na Mensagem. O que mudou foram as Emendas que nós fizemos para
corrigir, mas não tem nada, é a mesma coisa uma e outra.
Agora, quanto a esta frase, é lamentável que o
Executivo a tenha colocado, mas não é... Ele diz aqui: “Nesse sentido, com
muito maior clareza, encaminho Mensagem Retificativa contendo Projeto de Lei do
qual...” Mas no primeiro ele não disse onde ele estava colocando.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Ver. Adeli, não
há o que votar; haveria o que votar, se houvesse Emendas à Mensagem
Retificativa, porque ela chega como Substitutivo, porque, senão, derruba-se na
Justiça, com muita facilidade, qualquer Emenda colocada aqui, Srª Presidente.
Então não há o que votar.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Presidenta...
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Vamos
encaminhar, Ver. Elói.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Apenas para
colaborar. Para produzirmos o ato que se pretende, teríamos que ter as Emendas
destacadas; do contrário, não se pode criar esse mecanismo por um acordo de
Lideranças.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Também não se
pode ter dois critérios para a mesma questão, Ver. Elói Guimarães, eu acho que
é isso que acabou passando pela Diretoria Legislativa e criando essa confusão.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 02 ao PLE nº 017/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 17
votos SIM e 02 votos NÃO.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta,
como da decisão da Mesa cabe recurso à Comissão de Justiça, eu pediria que -
com as notas taquigráficas de todos esses apartes que foram dados com relação a
essa questão - essa matéria fosse enviada à Comissão de Constituição de Justiça,
a fim de termos um posicionamento, para que, futuramente, possamos ter essas
matérias votadas, talvez, com maior segurança para todos nós.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Acolho o seu
Requerimento, sem efeito suspensivo, Ver. Luiz Braz; por gentileza, encaminhe-o
por escrito.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta,
apenas quero reforçar, quero dizer que vou assinar, em co-autoria com o
Requerimento originário, o recurso.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Muito bem,
Vereador, V. Exª assine o
Requerimento e encaminhe para Comissão de Constituição e Justiça.
(O
Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em
votação a Emenda nº 03 ao PLE nº 017/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz, a Emenda nº 05 ao PLE nº
017/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) São 13 votos SIM, 03 NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Não havendo
quórum, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h49min.)
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